<MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=15 mm><LF=164 mm><AF=259 mm><FIOH=2 pt><MF=27 mm><PF=40 mm><LF=164 mm>ATA DA NONAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 22.10.1997.

 


Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, José Valdir, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Renato Guimarães, Tereza Franco e Sebastião Melo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Anamaria Negroni, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clovis Ilgenfritz, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Sônia Santos. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Nonagésima Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Cláudio Sebenelo, a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 42/97 (Processo nº 3033/97); pelo Vereador Décio Schauren, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 03/97 (Processo nº 3154/97); pelo Vereador João Motta, o Projeto de Lei do Legislativo nº 187/97 (Processo nº 3190/97); pelo Vereador Juarez Pinheiro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/97 (Processo nº 3099/97). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 463, 464, 465, 466, 471, 472, 473 e 474/97, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 1182/97, da Senhora Vera Lúcia Martins Vianna, Superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal - CEF; 1386/97, da Senhora Margarita Kremer, da Coordenação da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul; 97/97, do Senhor João Scharinger, Chefe AI/DETRU, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; s/nº, do Senhor Walmor Bergesch, Vice-Presidente da RBS Cabo/Net Sul; Cartões: da Senhora Iara Sílvia Lucas Wortmann, Secretária de Estado da Educação/RS; do Arcebispo Metropolitano, Dom Altamiro Rossato; da Direção da casa noturna "Vinha D'alho"; do Senhor Nelson Boeira, Secretário de Estado da Cultura/RS; Telegramas: do Senhor Bernardo de Souza, Deputado Estadual/RS; do Senhor Cézar Schirmer, Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento/RS; do Senhor Ciro Simoni, Deputado Estadual/RS; do Senhor Arno Frantz, Deputado Estadual/RS; Relatório de autoria do Vereador João Carlos Nedel, referente aos trabalhos do II Encontro Mundial com as Famílias. A seguir, o Senhor Presidente solicitou que fossem distribuídas aos Senhores Vereadores cópias de material informativo veiculado na Internet, intitulado "O exercício da cidadania no cotidiano da Câmara", ressaltando a par<MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=12 mm><LF=164 mm><AF=261 mm><D>ticipação da Diretoria Legislativa na confecção deste material. Ainda, registrou o ter o Executivo Municipal comunicado que enviará, no início de novembro, o projeto referente ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre, e prestou informações acerca de exposições inauguradas na Casa, de artes plásticas e de produtos de artesanato confeccionados por funcionários deste Legislativo. Na ocasião, os Vereadores João Dib e Juarez Pinheiro prestaram suas homenagens aos funcionários da Casa, destacando o trabalho que vem sendo realizado pela Senhora Inês Margareth Haffner, Diretora Legislativa desta Câmara. Após, o Senhor Presidente registrou as presenças do Senhor Mário Chavasco Rossini, representante do Sindicato dos Bancários; dos Senhores Erick Person e José Doralvino Sena, da Federação dos Bancários; do Senhor Leodir Serra, Diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte; dos Senhores Luiz Armando Pedroso, Gerson Vieira e Elídia Resula Bomfim, do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. Ainda, registrou as presenças de integrantes da Câmara Municipal de Vale do Sol: Vereadores Darci Fischborn, Lotário Fischer, Ari Hintz e Alceneu Bringmann, da Bancada do PPB; Vereadores Hildor Guoos e Celita Scherer, da Bancada do PMDB; Vereadora Lídia Finckler, da Bancada do PT, e Vereador Arnélio Rohr, da Bancada do PTB e Presidente daquele Legislativo; Senhora Simone Flesch e Senhor Gilmar Goubert Pinto, respectivamente, Assessora Legislativa e Assessor de Comunicação. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, aos Senhores José Fortunati e Pompeo de Mattos, que falaram em nome do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. O Senhor José Fortunati discorreu sobre a situação apresentada pelo sistema financeiro nacional, salientando problemas enfrentados pelos bancos públicos, principalmente pelo Banco do Brasil. O Senhor Pompeo de Mattos teceu considerações acerca do tratamento que o Governo Federal tem dado ao Banco do Brasil e da realidade atualmente enfrentada por essa instituição. A seguir, os Vereadores Gerson Almeida, Nereu D'Ávila, Fernando Záchia, Carlos Garcia, Luiz Braz, João Dib, Lauro Hagemann, Reginaldo Pujol e Cláudio Sebenelo manifestaram-se quanto ao assunto tratado em Tribuna Popular. Na ocasião, o Senhor Presidente informou que encaminhará Requerimento para criação de Comissão Especial com vistas a acompanhar a busca de soluções aos problemas apresentados pelo Banco do Brasil. Após, às quatorze horas e cinqüenta e dois minutos, declarou suspensos os trabalhos, nos termos regimentais, sendo os mesmos reabertos às quatorze horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a existência de "quorum". Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, estiveram: em 5ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nºs 43, 44, 45, 46 e 42/97, este discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Renato Guimarães, Cyro Martini e João Dib. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz teceu críticas à atuação do Secretário Municipal do Meio Ambiente, Senhor Hideraldo Caron, registrando dificuldades que estão sendo enfrentadas por Sua Excelência em sua busca de marcar audiên<D>cia com esse Secretário para tratar de questões de interesse da comunidade porto-alegrense. Na ocasião, o Senhor Presidente, respondendo a Questões de Ordem dos Vereadores Gerson Almeida, Luiz Braz e Nereu D'Ávila, prestou informações acerca da legislação vigente quanto aos termos a serem utilizados pelos Senhores Vereadores em seus pronunciamentos nas Sessões deste Legislativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cláudio Sebenelo defendeu a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Casa para analisar questões referentes ao Departamento Municipal de Habitação. Destacou a necessidade de que sejam pagos aos municipários os valores a que têm direito conforme o artigo 8º do Decreto 9006, de quinze de outubro do corrente. Refutou manifestação do Vereador Renato Guimarães, acerca da possibilidade de que estariam sendo desviados recursos oriundos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF. A seguir, o Senhor Presidente registrou o comparecimento do Embaixador e da Embaixatriz da Hungria, Doutor Gabor Tóth e Senhora Marta Zador Tóth, e da Consulesa daquele País, Senhora Verônica Ruttkay Pereira, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e informando que Suas Excelências visitam a Casa a fim de assinalar a passagem do Dia Nacional da Hungria, comemorado em vinte e três de outubro. Também, registrou as presenças da Tenente Selise, da Casa Militar do Palácio Piratini, e das Senhoras Elza da Silva Leite e Carla Veríssimo do Carlo. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Isaac Ainhorn que, em nome da Casa, saudou os visitantes. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Embaixador Gabor Tóth, que agradeceu a acolhida deste Legislativo, discorrendo sobre a história da Hungria e destacando a importância da solidariedade entre os homens para viabilizar a constituição de um país realmente justo e livre. Em prosseguimento, os Vereadores João Dib e Cláudio Sebenelo manifestaram-se acerca do comparecimento dos representantes do povo húngaro. Também, o Senhor Presidente registrou ter recebido livro ilustrado sobre a história da Hungria e procedeu à entrega, aos visitantes, de exemplar do livro "Porto Alegre: que bem me faz o bem que te quero". Às dezesseis horas e vinte e nove minutos, foram suspensos os trabalhos, nos termos regimentais, sendo os mesmos reabertos, às dezesseis horas e trinta e três minutos, constatada a existência de "quorum". Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador José Valdir, solicitando alteração na ordem dos trabalhos, iniciando-se a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Luiz Braz, solicitando alteração na ordem de votação da matéria a ser apreciada. Às dezesseis horas e quarenta e três minutos, foram suspensos os trabalhos, para reunião de Comissões Permanentes, sendo os mesmos reabertos, constatada a existência de "quorum", às dezessete horas e dez minutos. Na ocasião o Senhor Presidente registrou ter deferido o Requerimento nº 269/97 (Processo nº 3248/97 - Requer Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar atividades do Departamento Municipal de Habitação nos últimos cinco anos), de autoria da Vereadora Anamaria Negroni. A seguir, foi iniciada a votação dos Requerimentos. Foram aprovados os Requerimentos de nº 255/97 (Processo nº 3148/97 - participação na Conferência Hemisférica Contra os Tratados de Livre Comércio e as Privatizações, em São Francisco, Califórnia, EUA, no período de quatorze a dezesseis de novembro do corrente, com custeio das despesas), de autoria dos Vereadores José Valdir e Juarez Pinheiro; s/nº, de autoria do Vereador João Dib, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 08/97 (Processo nº 3112/97) seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes; s/nºs, de autoria do Vereador Cyro Martini, solicitando a retirada de tramitação dos Projetos de Lei do Legislativo nºs 31/97 (Processo nº 863/97) e 110/97 (Processo nº 1768/97). Foi aprovado Requerimento do Vereador Antonio Hohlfeldt, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, a partir das dezessete horas e trinta minutos, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Gilberto Batista, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Miguel Elias, do PDT de Viamão, e deferiu Requerimento da Vereadora Maria do Rosário, adendado pelos Vereadores José Valdir e Juarez Pinheiro, solicitando a oitiva da Comissão de Constituição e Justiça da Casa acerca da possibilidade de posse de Suplente em Sessão na qual o Vereador Titular a ser substituído tenha respondido à chamada para a Ordem do Dia. Foi rejeitado Requerimento de autoria do Vereador Isaac Ainhorn, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 07/97 seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes, por treze votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Gerson Almeida, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, João Dib e Sebastião Melo, tendo sido submetido à votação nominal por solicitação do Vereador Guilherme Barbosa, votando Sim os Vereadores Anamaria Negroni, Cláudio Sebenelo, Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, Luiz Braz, Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, este com Declaração de Voto, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Maria do Rosário, Paulo Brum e Renato Guimarães. Foi deferido pelo Senhor Presidente o Requerimento nº 268/97 (Processo nº 3243/97 - constituição de Comissão Externa a fim de acompanhar questões referentes ao fechamento de agências do Banco do Brasil), de autoria da Mesa Diretora. Foram aprovados os Requerimentos de nºs 267/97 (Processo nº 3237/97 - Sessão Especial destinada a homenagear a Rádio Universidade), de autoria da Mesa Diretora; 239/97 (Processo nº 2973/97 - Moção de Apoio ao Ministério do Trabalho pela mudança ocorrida no sistema de concessão do seguro-desemprego), de autoria da Vereadora Anamaria Negroni; 253/97 (Processo nº 3140/97 - Moção de Protesto à proposta do Senhor Ministro dos Transportes, de instituir tributo que incida sobre os combustíveis), de autoria do Vereador Cyro Martini; 254/97 (Processo nº 3143/97 - solicitação de informações acerca das providências que estão sendo tomadas para recuperação da Escola Aberta Cruzeiro do Sul), de autoria do Vereador Carlos Garcia; 256/97 (Processo nº 3150/97 - Moção de Apoio aos Fisioterapeutas Ocupacionais), de autoria do Vereador Gerson Almeida, este encaminhado à votação pelo Vereador Carlos Garcia; 257/97 (Processo nº 3151/97 - Moção de Protesto ao Embaixador dos Estados Unidos da América, pela (confecção e divulgação de relatório ofensivo ao povo brasileiro), de autoria do Vereador Cláudio Sebenelo; 259/97 (Processo nº 3170/97 - Moção de apoio à realização do XXV Congresso da Associação Brasileira de Agências de Viagem), de autoria do Vereador Adeli Sell; 260/97 (Processo nº 3178/97 - Convite para comparecimento dos Senhores Nelson Boeira e Justo Werlang), de autoria da Vereadora Clênia Maranhão; 264/97 (Processo nº 3213/97 - Moção de Solidariedade a Paulo Rogério da Silva, pelo lançamento do Jornal Palavra do Povo), de autoria do Vereador Cyro Martini; 265/97 (Processo nº 3215/97 - Moção de Solidariedade a Serafim de Lima Filho, Coordenador do Movimento Cultural Parthenon Literário), de autoria do Vereador Cyro Martini; 266/97 (Processo nº 3224/97 - Moção de Apoio à Executiva Nacional dos Estudantes de Letras, pelo seu pleito "Eu quero curso noturno"), de autoria do Vereador Adeli Sell; 251/97 (Processo nº 3132/97 - Moção de apoio à publicação do Jornal do Comércio, denominada "Dominação através do comércio"), de autoria do Vereador Juarez Pinheiro. Em Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 168/97 que, a Requerimento, aprovado, do Vereador Gerson Almeida, encaminhado à votação pelos Vereadores Gerson Almeida, Luiz Braz e Lauro Hagemann, teve adiada sua discussão por três Sessões. Na ocasião, os Vereadores Gerson Almeida e Luiz Braz manifestaram-se acerca do andamento dos trabalhos desta Sessão. Às dezoito horas e dezenove minutos, esgotado o prazo regimental da presente Sessão, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Clovis Ilgenfritz, Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol e Paulo Brum e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum e Guilherme Barbosa. Do que eu, Paulo Brum, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): A seguir, iniciar-se-á o período da Tribuna Popular. A entidade que se apresentará é o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, tendo como assunto o fechamento de unidades do Banco do Brasil e conseqüente situação dos funcionários.

Para valorizar mais o nosso período da Tribuna Popular, teremos a presença do Deputado Estadual Pompeo de Mattos e do Vice-Prefeito José Fortunati, embora façam questão de aparecer na tribuna como Srs. Pompeo de Mattos e José Fortunati.

Convidamos o Vice-Prefeito para participar da Mesa.

A Mesa tem a satisfação de informar aos Srs. Vereadores que, por um trabalho muito interessante produzido pela Diretoria Legislativa, em especial pela Dra. Inês, nossa Diretora, estamos distribuindo um material que consideramos muito importante na era da Internet, da informatização. Estamos colocando nas páginas da Internet uma série de informações que tratam do exercício da cidadania no cotidiano da Câmara. No material que está sendo colocado à disposição dos Srs. Vereadores, deveria constar “Câmara Municipal de Porto Alegre - Diretoria Legislativa”. Mas ela, por excesso de modéstia, retirou da titulação o nome da Diretoria. São questões que consideramos importantes para a população, como, por exemplo, o direito de informação, como acontecem as audiências públicas, os pedidos de informações, os convênios, a forma de assistir às Sessões Plenárias e às reuniões das Comissões, como encaminhar esse processo da Tribuna Popular, o que ela representa, formas de encaminhamento do projeto de iniciativa popular, o orçamento público municipal, a forma de encaminhar, inclusive, emendas populares, o plebiscito e o referendo, que muitas pessoas perguntam como fazer, ainda algumas informações sobre simpósios, debates, seminários que são realizados na Casa, a já conhecida e muito bem recebida pelos colégios, pelas escolas, que é a Sessão Plenária do Estudante, que temos tido visitas semanais de centenas de jovens, nas quintas-feiras pela manhã, quando se realiza a Plenária do Estudante. Também informação sobre o Conselho dos Cidadãos Honorários do Município de Porto Alegre - aliás, ontem tivemos mais uma Cidadã, Ieda Maria Vargas Athanásio, saudada pelos Vereadores, em especial pelo Ver. Elói Guimarães, num breve e bonito discurso, e estava presente o Presidente do Conselho, José Elias Flores, já a convidando para participar do Conselho.

Sobre as Sessões Plenárias realizadas junto à comunidade, a Mesa está preparando um trabalho junto à comunidade para discutir o Plano Diretor. A notícia que temos da Prefeitura é que, nos primeiros dias de novembro, iremos receber o Plano Diretor, e já estamos com um projeto, inclusive elaborando um jornal da Câmara com as informações totais sobre a questão do planejamento do Plano Diretor - o que é, como funciona, as atuais propostas a serem discutidas nas oito regiões da descentralização, que estão propostas no próprio Plano.

Ainda, sobre exposições, temos várias exposições. Já se tornou lugar comum. A nossa Câmara tem duas, três exposições permanentemente na Casa. Vamos inaugurar, em função da Semana do Funcionário Público, duas exposições de artes plásticas e uma exposição de artesanato. São pintores dois ex-procuradores, a Dra. Sueli Moura e o Dr. Miguel Pinheiro, e também a exposição de um artista da Casa, atual funcionário.

 

O SR. JOÃO DIB: Apenas quero cumprimentar a Diretoria Legislativa pelo belíssimo trabalho apresentado, que será muito útil a todos nós, Vereadores.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Reforço a manifestação do Ver. João Dib. Esta Casa, que amanhã comemora o Dia do Funcionário Público, tem na figura da Dra. Inês, Diretora Legislativa desta Casa, uma expressão que deve orgulhar e que bem representa os seus colegas. Feliz do parlamento que tem uma assessoria legislativa como tem a Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE: Fazemos nossas as palavras dos dois Vereadores. Todos gostariam de dizer a mesma coisa à Dra. Inês e à equipe, que é fabulosa.

Queremos saudar, com muita satisfação, os Vereadores do Vale do Sol, que estão em visita à Câmara de Porto Alegre. (Palmas.) Temos a presença do Sr. Arnélio Rohr, Presidente da Câmara, do PTB; a Vera. Lídia Finkler, do PT; Sr. Lotário Fischer, do PPB; Sr. Darci Fischborn, do PPB; Sr. Alceneu Bringmann, do PPB; o Sr. Ari Hintz, do PPB; Vera. Celita Scherer, do PMDB; Sr. Hildor Guoos, do PMDB; Assessora Legislativa Simone Flesch e Assessor de Comunicação Sr. Gilmar Goubert Pinto. Sejam bem-vindos a nossa Casa, assistam a nossa reunião.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

 

Antes de passar a palavra ao nosso primeiro orador - o tempo será dividido entre o Sr. José Fortunati e Sr. Pompeo de Mattos, esses dois senhores bancários licenciados, em outras funções hoje -, queríamos saudar os sindicalistas presentes, o Banco do Brasil em especial, o nosso companheiro e amigo de muitas lutas, Sr. Mário Rossini, a Sra. Elídia Bomfim, Coordenadora Geral dos Bancários; o Sr. Erick Person, da Federação dos Bancários; o Sr. José Doralvino Sena, Diretor da Federação dos Bancários; Leodir Serra, Diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte; Luiz Armando Pedroso e Gerson Vieira, diretores bancários de Porto Alegre, e ainda vários delegados sindicais aqui presentes.

O Sr. Vice-Prefeito, José Fortunati, bancário licenciado, está com a palavra.

 

O SR. JOSÉ FORTUNATI: Meu caro Presidente Clovis Ilgenfritz, Secretário Ver. Paulo Brum, Sras. e Srs. Vereadores, eu queria também cumprimentar os colegas do Banco do Brasil, da Federação dos Bancários, dos vários sindicatos que estão conosco, e saudar a Delegação da Cidade de Vale do Sol, que nos dá a honra da sua visita.

Ocupo esta tribuna com um misto de orgulho e tristeza. De um lado, orgulho por estar representando uma instituição secular, que muito trabalho tem prestado a este País. De outro, tristeza por estar vindo aqui num momento extremamente delicado para essa instituição.

Eu falo com tranqüilidade, porque, nos últimos seis anos, em Brasília, fiz parte de uma Comissão que tratou sobre a reforma do sistema financeiro. E lá, em discussões bastante amplas, que contavam com a participação de todos os partidos políticos, do Poder Executivo e de membros da sociedade, procuramos, ao longo do tempo, refletir sobre a importância do sistema financeiro nacional como um todo, em especial, a importância do sistema financeiro público. E se há um consenso, esse deve, acima de tudo, privilegiar os bancos públicos, enquanto bancos que atuam no varejo, bancos comerciais, mas que tenham um papel social a cumprir junto a nossa sociedade. Nesse sentido é importante relembrar que o Banco do Brasil, que completou há poucos dias 189 anos de vida, foi e continua sendo um banco de fomento de fundamental importância para o nosso País.

É impossível falarmos no desenvolvimento do nosso País em várias áreas, especialmente na área agrícola, no setor primário, sem que o Banco do Brasil seja destacado. Infelizmente, o que estamos percebendo é que essa compreensão não passa pelo Governo Federal. Pelo contrário, todas as iniciativas do Governo Federal, quer através do Ministério da Fazenda, quer através do Banco Central, quer através da direção do Banco do Brasil, são no sentido de esvaziar essa importante instituição.

É importante, Srs. Vereadores, que fique muito claro que o uso desta tribuna não traduz, de forma alguma, qualquer objetivo no sentido de resgatar ou de, quem sabe, sustentar direitos ou mesmo privilégios dos bancários. Não. O que nos traz a esta tribuna é a preocupação no sentido de resgatar a importância do Banco do Brasil, a importância dessa instituição para o Brasil.

O que vem ocorrendo em nível federal significa claramente a desorganização, a desestruturação, a implosão dessa importante instituição. Isso iniciou com um processo de fechamento de agências, agências extremamente importantes em cidades pequenas onde, muitas vezes, a agência do Banco do Brasil era a única agência bancária existente ou o único banco público dessas localidades. Depois dessa série de fechamento de agências em todo o País, inclusive em nosso Estado, começou a direção do Banco com um processo de retaliação em cima do seu quadro funcional.

Sr. Presidente, Srs. Vereadores, todos reconhecem neste País, e sempre reconheceram, que o quadro funcional do Banco do Brasil é um dos quadros funcionais mais bem estruturados, mais preparados, mais capacitados, não somente em termos de sistema financeiro, mas em termos de empresas públicas ou privadas. E o que faz o Governo Federal? O Governo Federal investe fortemente para desestruturar esse quadro funcional que sempre foi um grande orgulho para o nosso País. De que forma? Primeiro, iniciando pelo PDV, Plano de Demissão Voluntária, que se diz publicamente voluntária, mas que, na prática, significou uma forte pressão sobre o quadro funcional do Banco, com ameaças muito claras, algumas vezes veladas, outras, com clara retaliação contra os funcionários, para que eles saíssem do Banco, ou, em outros casos, procurando desmotivar o quadro funcional, que sempre foi um forte sustentáculo da organização, enquanto uma instituição não só estatal, mas, principalmente, como instituição pública.

Agora, dentro dessa concepção a que estamos assistindo, o Governo Federal, através do Banco do Brasil, investe, mais uma vez, para que haja não só uma desestruturação, mas desmotivação total dos funcionários do Banco do Brasil ao anunciar o novo Plano de Cargos e Salários.

Só para que se tenha uma idéia, ao longo do tempo, alguns mecanismos, alguns articulistas que utilizam os meios de comunicação procuram mostrar que o funcionário do Banco do Brasil é um marajá. Essa idéia é errada, mas eu vou dar um dado que sacramenta muito mais o empobrecimento e o ataque ao poder aquisitivo dos funcionários do Banco do Brasil.

O novo Plano de Cargos e Salários cristaliza o que todos, hoje, deveríamos saber - o salário inicial é de 585 reais. E quero chamar a atenção sobre isto: um salário final de um bancário que ingressa por concurso público, sem qualquer apadrinhamento, que é pleiteado por milhares de cidadãos, esse cidadão, se realizar todos os cursos internos, pleitear promoções, se esforçar, for ao interior e, enfim, se enquadrar, de todas as formas, para ser o melhor funcionário do Banco do Brasil, vai perceber, após 35, 36 anos de serviços prestados à instituição, 810 reais e 90 centavos.

É importante que se traduza isso para mostrar o quanto esta política é uma política de implosão do Banco do Brasil, que, acima de tudo, visa a não só enfraquecer, mas desmotivar os funcionários. Isso tudo faz parte de um projeto que tem como objetivo maior privatizar o Banco do Brasil. Quero chamar a atenção sobre isso, porque, volto a dizer, não estou tratando, pura e simplesmente, dos interesses dos funcionários, não estou tratando dos interesses de uma instituição. Estou tratando dos interesses de um país que sempre contou com o Banco do Brasil para o seu progresso e desenvolvimento.

Não tenho dúvida de que todos os Vereadores, todos os cidadãos que querem resgatar o Banco do Brasil, enquanto banco de fomento, devem estar solidários com esta luta, porque o que está em jogo é o interesse maior do País. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Deputado e bancário licenciado Pompeo de Mattos está com a palavra.

 

O SR. POMPEO DE MATTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Dep. José Fortunati, Srs. Líderes, Colegas bancários, Direção do nosso Sindicato.

Muito me honra a oportunidade de ocupar este espaço, por duas razões: por termos voltado ao Legislativo Municipal onde, por seis anos, fui vereador, depois prefeito, deputado, agora deputado novamente, e convidado a vir aqui pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. Vim falar de um tema que é amplo e genérico, até porque ampla e genérica é a ação do Governo contra o sistema financeiro, e o Banco do Brasil é um detalhe, quem sabe, o detalhe mais importante, mais significativo, mais definitivo, mais decisivo, mas que está num contexto.

O Deputado Fortunati, dentro de sua eloqüência, de sua experiência, colocou a sua realidade. Talvez seja a realidade mais dura vivida nos últimos anos por qualquer segmento profissional.

O Banco do Brasil se vangloria de anunciar não no balanço, de anunciar não lucros, ou, se for como lucro, um número que é fantasmagórico: 39 mil servidores demitidos. Esse é o número mais forte e que assombra a todos nós. Enquanto o Governo anuncia a conquista de meia dúzia de empregos, só o Banco do Brasil desemprega 39 mil pessoas. Isso é muito duro. E é mais duro quando a gente vê, ao lado do Banco do Brasil, os outros bancos públicos sendo descaracterizados. Aliás, o Legislativo porto-alegrense teve uma iniciativa inédita no País de formar, aqui, uma comissão em defesa de um banco público, quando fez a defesa do Banco Meridional. Pois não só o Banco do Brasil, mas o Meridional está afundando. A Caixa Econômica Estadual já foi. A Caixa Econômica Federal está sendo inviabilizada como órgão estatal, porque não tem nenhum programa social adequado neste momento. O Banrisul - eu dizia há pouco na Rádio Guaíba, estamos no dia 22 do mês de outubro - não apresentou o balanço do primeiro semestre. Já sabemos de antemão que vai amargar um prejuízo de 18 milhões. É um sistema nacional público que está sendo desarticulado. A ordem que vem de cima é para não ter nenhum banco público, nenhum banco estadual, e o Banco do Brasil passa por esse chavão. De que maneira? Desmontando aquilo que é a espinha dorsal do Banco, o pulmão do Banco, a razão de ser do Banco: o seu quadro funcional.

Desnecessário dizer que o Banco cresceu fomentando a produção, mas fundamentalmente porque estava escorado numa plêiade de homens e mulheres de valores ao ponto que, dentro do Banco do Brasil, não se fala em corrupção, é raro. O serviço público geralmente é enlameado por notícias nesse sentido. Dentro do Banco do Brasil, as coisas sempre funcionaram. Quem sabe, só por isso começaram desmontando o Banco, quando desmontaram o primeiro órgão do Banco, chamado Setrin, o Setor de Comercialização Oficial do Trigo, que foi o primeiro desmonte; depois veio a Conta Movimento, para, posteriormente, atacarem os funcionários, desmontarem o CESEC, fecharem as agências e colocarem o Banco do Brasil na UTI. Essa é a dura realidade.

Parabenizo a Câmara Municipal de Porto Alegre e o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre por trazerem esse assunto tão importante.

Espero que tenhamos feito a senha do debate, que este debate se amplie aqui dentro da Câmara dos Vereadores, inclusive com aqueles que têm posição contrária a nós, para que possamos avançar nesta discussão, para dar elementos, dar guarida, dar voz àqueles que estão aí achincalhados, que estão quietos, que estão sem força, sem capacidade de reagir. Pois assim estão hoje os bancários do Banco do Brasil, os bancários do Meridional, os bancários do Banrisul, e assim estiveram os bancários da Caixa, que hoje nem mais bancários são: estão dentro das delegacias de polícia e em outros órgãos do Estado, emprestando o seu trabalho, feito como uma espécie de favor, porque às vezes pouco entendem daquilo que recebem como missão.

Agradeço esta oportunidade. Tenho consciência de que a Câmara dos Vereadores fez essa história, ampliando a discussão, porque hoje só há três empresas neste País que dão lucro: banco bem cuidado, banco mais ou menos cuidado e banco quebrado, principalmente se for banco privado, porque, se quebrar, o Governo “coloca a mão na guaiaca do povo” e intera o que falta e, depois, o banco compra até time de futebol, faz o que quer com o dinheiro do povo; e o banco público vive a miséria dos programas malfeitos, mal-elaborados e que são obrigados a executar. Quem sabe possamos acordar. Ainda há tempo. Não terminou o milênio. Esperemos que no final dele possamos acordar e, com o raiar de um novo dia, possamos acordar na hora certa para darmos a volta por cima. Oxalá possamos ter compreensão e, fundamentalmente, sensibilidade para esse novo tempo que requer de nós uma posição muito dura e muito firme, com responsabilidade, por tudo o que está acontecendo.

Parabéns à Câmara de Vereadores, que traz esse tema. Parabéns ao Sindicato dos Bancários, que não arreda pé daquilo que confia e acredita. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Gerson Almeida para sua manifestação.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Gostaria apenas de fazer a saudação ao Deputado Pompeo de Mattos, do PDT, ao Vice-Prefeito José Fortunati, dizendo que a Bancada do Partido dos Trabalhadores está solidária com o movimento que trouxe ambos a esta Casa hoje.

 

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: Estamos abrindo um espaço de trinta segundos a cada Líder de Bancada para se manifestar. Estamos propondo a mudança no Regimento para que esse espaço seja regimental. Passamos a palavra ao Líder do PDT, Ver. Nereu D'Ávila.

 

O SR. NEREU D'ÁVILA: No mesmo teor, Sr. Presidente, saudamos os nossos bancários, Pompeo de Mattos e José Fortunati, pois eles sentiram que o engajamento da Câmara não é apenas figura de retórica, mas é formal, e a Câmara é parceira nesta luta que não é corporativista, é individualizada, e cujo reflexo vai atingir a sociedade brasileira como um todo. Portanto, a nossa solidariedade e a nossa estima em termos aqui, hoje, figuras que conseguiram destaque nos meios políticos e que são oriundas de uma classe tão lutadora e merecedora do nosso apoio como a dos bancários. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Vereador Líder do PMDB, Luiz Fernando Záchia.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: A nossa saudação aos Deputados e bancários Pompeo de Mattos e José Fortunati. É importante que esta Câmara também participe dos processos e, atendendo à sugestão do Deputado Pompeo de Mattos, da possibilidade de esta Câmara formar uma comissão específica para que possa acompanhar todo esse processo por que passa o Banco do Brasil para que possamos determinar e mostrar a importância política que esta Casa tem nas grandes questões nacionais.

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver. Carlos Garcia, Líder do PSB.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Deputado Pompeo de Mattos, Vice-Prefeito José Fortunati, o Partido Socialista Brasileiro, juntamente com os demais partidos, é solidário com esta iniciativa e queremos parabenizá-los porque vocês estão aqui na condição de bancários, pois, independentemente das funções que hoje ocupam, continuam sempre nessa linha de frente. Parabéns! O Partido Socialista Brasileiro é solidário.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Luiz Braz.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, nós estávamos participando com o Dep. Pompeo de Mattos, na Rádio Guaíba, do programa do Galvani, quando o Dep. Pompeo de Mattos abordou este tema, dizendo que ele viria participar da nossa Tribuna Popular. Então, nós tivemos a oportunidade de ouvir o Dep. Pompeo de Mattos antes de ele vir aqui participar, juntamente com o Vice-Prefeito José Fortunati, da nossa Tribuna Popular. Queremos dizer que nós, da Bancada do PTB, somos solidários com esta luta e apoiamos a formação da comissão da Câmara Municipal e que, através desta comissão, nós possamos, quem sabe, fazer com que as decisões possam ser outras.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra pelo PPB.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, nobre Vice-Prefeito, querido Dep. Pompeo de Mattos, a minha bancada saúda pelo ineditismo da utilização da Tribuna Popular por tão importante personagem. Gostaria de dizer ao querido Vice-Prefeito de Porto Alegre que a Tribuna Popular também funciona na Praça Montevidéu nº 10. Só que, lamentavelmente, nenhuma vez eu a vi ser utilizada. Seria o grande momento de os bancários ouvirem a voz no nobre Dep. Pompeo de Mattos, do Vice-Prefeito José Fortunati e, provavelmente, do ex-Prefeito Olívio Dutra, e até do Prefeito Raul Pont, que também já foi bancário. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra pelo PPS.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Prezado Presidente e prezados visitantes José Fortunati e Pompeo de Mattos, por óbvio, a solidariedade do PPS, embora nós estejamos num momento da vida do mundo de profundas transformações no mundo do trabalho. A questão bancária não vai se alterar tão cedo, porque o regime capitalista está aí e o banco é um sustentáculo do regime capitalista, mas eu acho perfeitamente justa a luta que empreendem em defesa deste patrimônio nacional, que é o Banco do Brasil. Esse é um problema histórico e, se nós abrirmos mão do Banco do Brasil, nós estamos abrindo mão da nossa soberania em termos financeiros. Essa é a defesa que vocês estão fazendo, junto com o Sindicato dos Bancários e, portanto, com a nossa solidariedade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra pelo PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Na mesma linha dos demais Líderes, ainda que sob fundamentos diversos e diferentes, manifesto a satisfação de ver que esta Casa, que dispõe de um espaço para que o povo fale e seus representantes ouçam, hoje viu esse espaço ocupado por dois homens do povo, titulados e com tribunas até mais expressivas do que essa que nós, modestamente, oferecemos àqueles que querem se valer das liberdades públicas para manifestar suas opiniões. Sem entrar no mérito do que foi colocado, eu quero, em nome do PFL, somar-me aos demais e dizer da nossa satisfação de ter recebido, no dia de hoje, na Tribuna Popular, o ilustre Vice-Prefeito da Cidade e o distinto Líder do Partido Democrático Trabalhista. Sejam sempre bem-vindos aqui para ocupar a Tribuna Popular ou para ouvir os reclamos populares, que aqui são constantes. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra pelo PSDB.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ao abraçar o Vice-Prefeito José Fortunati pela importante visita que nos faz e pelo seu pronunciamento e o Dep. Pompeo de Mattos por esse destacado trabalho que vem apresentando, queremo-nos solidarizar com o Banco do Brasil, com os problemas que ele enfrenta e com as propostas que essa comissão fez, e, inclusive, estamos em contato com a Direção do Banco do Brasil, em Brasília, porque queremos saber da veracidade dessas informações. Confesso aos Senhores que não tenho essas informações. A Superintendência do Estado do Rio Grande do Sul não confirma nenhuma dessas informações, mas penso que, se houver qualquer tipo de ameaça, vale a luta. Uma instituição como a do Banco do Brasil e seus funcionários é admirada por todos os brasileiros, porque a instituição são seus funcionários, e nós estaremos juntos nessa luta pelo aperfeiçoamento do sistema financeiro, e na primeira informação que eu tiver, se possível hoje ainda, vou usar o tempo de Liderança para dar esse tipo de informação que eu tiver a respeito desse assunto, que é do interesse de todo o Brasil.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: As Lideranças, como pudemos constatar, de todos os partidos da Casa - os sindicalistas aqui presentes ouviram - mostraram alto interesse em que esse assunto seja discutido, aprofundado e que se busque, no contraditório, mas que se busque solução para tão importante problema em defesa dos interesses do Banco do Brasil, por conseqüência, do que ele representa para a sociedade gaúcha e também para o quadro funcional que, como já foi dito, é da mais alta qualificação. Conversei com os Vereadores Paulo Brum e Guilherme Barbosa e, na condição de Mesa, propomos a criação dessa Comissão Especial, pois, pelo que foi dito por bancadas de diferentes partidos, a Comissão Especial para tratar desse assunto seria uma unanimidade. Proponho oficialmente. Vou fazer por escrito e depois voltaremos, no momento de aprovação dessa Comissão em Plenário.

Agradeço a todos pela presença. A Sessão está suspensa por alguns minutos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h52min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum - às 14h55min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao período de

 

 

PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

5ª SESSÃO

 

PROC. 3033/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/97, que estima a Receita e fixa a Despesa da Administração Direta do Município para o exercício econômico-financeiro de 1998. Com Anexos I e II.

 

PROC. 3034/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 043/97, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Água e Esgotos - DMAE para o exercício econômico-financeiro de 1998. Com Anexo I.

 

PROC. 3036/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/97, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Habitação - DEMHAB para o exercício econômico-financeiro de 1998. Com Anexo I.

 

PROC. 3037/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/97, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana - DMLU para o exercício econômico-financeiro de 1998. Com Anexo I.

 

PROC. 3038/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 046/97, que estima a Receita e fixa a Despesa da Fundação de Educação Social e Comunitária - FESC para o exercício econômico-financeiro de 1998. Com Anexo I.

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Adeli Sell está com a palavra em período de Pauta Especial.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, minha saudação especial à delegação de Vereadores do Vale do Sol, aos moradores do Jardim Leopoldina e aos bancários. Volto a esta tribuna, pois hoje é a última oportunidade para a discussão de Pauta sobre o Orçamento de Porto Alegre para o ano que vem.

Antes de mais nada, quero fazer o registro de que lamento a ausência do Ver. Antonio Hohlfeldt e, como imaginava que ele não pudesse estar no Plenário, fiz por escrito uma carta de três páginas, onde respondo ponto a ponto algumas questões que o Vereador abordou na Sessão passada. Tentarei esclarecer algumas delas, porque já enviei as respostas, por escrito, para todos os Vereadores.

O Ver. Antonio Hohlfeldt levanta alguma dúvida sobre o Funcultura. Quero explicar que, quando consultada a Secretária, ela disse que, por equívoco, foi encaminhada, no anexo, a proposta “b”, de caráter interno. A leitura da proposta orçamentária, onde está explicitada a unidade orçamentária Funcultura, permite visualizar o equívoco e desconsiderar o “b” do anexo. Creio que o Vereador deveria ter percebido essa questão. Os planos de aplicação acompanham a proposta orçamentária e são elaborados de acordo com a Lei nº 4320.

Quero também dizer que os fundos, diferentemente como fez acreditar o Vereador, são órgãos da Secretaria Municipal de Cultura - Funcultura, Funproarte e Funtec. Cabe esclarecer também que os fundos agilizam a realização das despesas, ou seja, o artista pode receber o seu cachê logo após a sua apresentação. Caso essa despesa corra a conta de outra unidade orçamentária, o artista será onerado com um pouco mais de tempo para receber o seu pagamento, o que certamente o Vereador não quer. Ao menos a Câmara de Vereadores não tem querido até este momento.

Meu caro Ver. Antonio Hohlfeldt, o fundo não é entidade, não é fundação; é instrumento contábil, de natureza especial, cuja criação está prevista na Lei 4320. São só dois tópicos que pincei do documento que enviei ao nobre Ver. Antonio Hohlfeldt e que tomei a liberdade de distribuir para o conjunto desta Casa.

Eu tenho uma preocupação com o Orçamento do Município, pois, praticamente, daquilo que o Município tinha condições de gastar neste ano de 97, a previsão para 98 é quase um empate e isso é muito preocupante. Muitos problemas ainda estão por ser resolvidos, problemas, muitas vezes, que não são de âmbito municipal, que são frutos da crise da economia brasileira que recai sobre o Município. Dezessete vírgula seis por cento, desde o mês de março - são os dados da FEE -, é o índice de desemprego na Região Metropolitana. Isso tem incidência sobre o Município. Nesse sentido, maiores responsabilidades caem sobre o Município.

Nós assumiremos em breve, em 1º de janeiro de 1998, a questão do trânsito em Porto Alegre, determinação de lei federal pelo novo Código Brasileiro de Trânsito. Com a municipalização da saúde, com os parquíssimos recursos que advêm do Governo Federal, com os sistemáticos atrasos com que a verba do SUS é repassada para a Prefeitura, nós temos que assumir a compra de medicamentos nos postos da Prefeitura quando esta função deveria ser compartilhada com os Governos Federal e Estadual.

Há poucos dias, discutia-se a implantação do serviço de prótese. O Governo Estadual tem uma verba específica para tal. No entanto, o repasse do SUS proporcional a isso não é repassado para Porto Alegre; portanto, aumentam as nossas demandas, mas, mesmo assim, estão previstos. A questão da regularização fundiária, que queremos colocar como um dos pontos essenciais da pauta para o próximo ano. Eu já levantava que, independentemente do orçamento para o DEMHAB, nós aprovamos aqui uma verba para o Funmoradia, com um contrato com a Caixa Econômica Federal. Nós queremos propor e incentivar a questão de lotes urbanizados, porque, de outra forma, não daremos conta da falta de habitação na nossa Cidade. Eu dizia, de outra feita, que, mesmo com esses parcos recursos, nós faremos 20 km de ruas pavimentadas. Notem: em 96, em 97 e agora, em 98, conseguimos aumentar em 7% a arrecadação própria de Porto Alegre, mas esses mesmos 7% foram surrupiados de nós, porque o Fundo de Participação dos Municípios, o retorno de ICMS, diminuiu nos anos de 96, de 97; era previsão de 98 os mesmos 7%; portanto, ficam elas por elas.

Não adiantou o nosso esforço permanente de aumentar a arrecadação de Porto Alegre, porque não há contrapartida do Governo Estadual e Federal, porque o modelo econômico implantado neste País menospreza a riqueza da terra, menospreza a produção do arroz, feijão e do trigo, menospreza a produção do leite. Isso gera a desgraça no campo e o aumento de pessoas nas grandes cidades. Por isso, queremos a inversão dessa situação. Por isso que o nosso orçamento também tem uma preocupação de apostar na construção de uma política de desenvolvimento, através da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, incentivando a pequena produção, incentivando o nosso projeto de industrialização da Restinga.

Quero enfatizar, também, a questão que está em debate, que infelizmente alguns Vereadores ainda não entenderam, que é a questão do reajuste do IPTU - não paga quem é muito pobre em Porto Alegre. Quem paga aqui são os muito ricos. Se aumentar o IPTU, segundo a proposta do Governo, 60% da população de Porto Alegre não terão aumento além de quatro reais e 50 centavos. No entanto, nenhum dos Vereadores que nos criticam, que fazem alarde nos meios de comunicação, que fazem alarde nas comunidades, disseram qualquer palavra sobre o aumento de quase 80% do gás de cozinha. Portanto, estamos pagando, a cada ano, muitíssimo mais por um simples aumento, que não é o aumento do IPTU que está sendo proposto. Mas há muito barulho, porque aqui há a representação de interesses econômicos privados muito importantes contra o que pesa no bolso daqueles que têm sustentado algumas políticas dentro desta Câmara de Vereadores. Por isso que há reclamações, mas não estamos recebendo essas reclamações daqueles que produzem a riqueza deste Município, que são os trabalhadores.

Aproveito para lembrar algumas outras questões que considero de fundamental importância na discussão do Orçamento de Porto Alegre. Nós temos compromisso com a população que sistematicamente, no mês de janeiro, tem pago regiamente o IPTU, mas há setores da economia que não pagam os tributos que devem pagar. Eu tive a paciência, da semana passada para cá, de voltar a contatar com Brasília. No Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados já aprovou que as certidões de nascimento e os atestados de óbito serão gratuitos, daqui para frente, para qualquer brasileiro. No entanto, o Senado pode derrubar essa conquista. Isso já seria grave, mas o mais grave, e que incide sobre o Orçamento de Porto Alegre, é que os donos de cartório, esses marajás, com esse tipo de empreendimento medieval, não pagam ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Quando a senhora ou o senhor for num cartório, pagará, por cada carimbo, um real e 40 centavos. Sobre isso, deveria ser pago em torno de sete centavos de imposto, mas nem um centavo é recolhido para os cofres públicos, porque esses tubarões, esses sanguessugas da população, entraram na Justiça e uma juíza que não pensou no povo, que desconhece a lei federal, a lei que trata da questão das concessões do serviço público, deu ganho de causa para os donos de cartório. Se nós recolhêssemos, de cada carimbo de cartório, sete centavos, nós faríamos mais de 20 Km de pavimentação urbana em Porto Alegre; nós poderíamos cobrir importantes lacunas na área da habitação. Por isso, chamo os Srs. Vereadores a se juntarem a nós nesse tipo de denúncia, e quero chamar a população que nos assiste na tarde de hoje para que faça eco das nossas palavras, porque muitas das suas reivindicações poderiam ser atendidas pelo Poder Público Municipal caso não tivéssemos esse tipo de comportamento de quem deve pagar e não paga.

Finalmente, sou um parlamentar que diz o que pensa, que não se amedronta diante de pressões. Eu recebi, na tarde de hoje, um documento - não sei se é de conselheiros - mas de pessoas que estão fazendo chantagem nos corredores desta Câmara. E tem a ver com o Orçamento. Na verdade, querem ser funcionários públicos sem prestar concurso. Eu fui chantageado no corredor para aprovar essa imoralidade. Eu não aceito isso! E não são pessoas que batem no peito, dizendo que são do PT, que vão pressionar este Vereador! Eu vou fazer esse enfrentamento, porque eu respeito as reivindicações do povo, mas não serei chantageado para votar isto que é uma medida imoral. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, dando continuidade ao debate do Orçamento para 1998, destaco que é a última Sessão de Pauta. Discutimos em cinco sessões o orçamento da Cidade, trouxemos um conjunto de informações ao conjunto de Vereadores, para que, no momento em que se traga para Plenário a votação, possamos facilitar os trabalhos.

É interessante registrar o conjunto de dados sistematizados na proposta orçamentária para 1998. Do conjunto de valores, 15% são para investimentos na Cidade, obras e equipamentos. É importante destacar esses números porque mostram a prioridade que o governo da Frente Popular, da Administração Popular dá à questão dos investimentos.

Temos arrolado na proposta um processo de continuidade: mais 20 Km na questão da pavimentação comunitária, com acréscimo, aprovada nesta Casa autorização de verba vinda do BID também para a operacionalização da pavimentação comunitária.

Na política, na questão da saúde, da assistência social, temos 75 milhões, que representam 13.31% do Orçamento do Município, da Centralizada, excluído daqui o dinheiro que vem do SUS, que vem para Porto Alegre. Também se inclui nessa proposta o dinheiro para obras no HPS, dinheiro autorizado por esta Casa, do financiamento do FONPLATA, que são dois milhões e 800 mil para obras de duplicação da capacidade de atendimento do HPS.

Está também contida na proposta a continuidade de ampliação por verbas orçamentárias do Programa de Saúde da Família. Hoje contamos com 30 postos da saúde da família e estamos apresentando, para o ano que vem, a ampliação desse serviço, apontando mais quatro milhões e 320 mil.

 No orçamento da assistência social, orçamento da FESC, do ano de 1992, quando o orçamento era seis milhões e 500 mil, estamos oferecendo como proposta um orçamento de 15 milhões, 487 mil reais. Portanto, um acréscimo de quase 100% do valor que era utilizado em 92, em assistência social, em Porto Alegre. Isso demonstra a prioridade que damos à assistência social. De 1992 para cá, com um órgão específico para a assistência social, os recursos nesta área duplicaram. É interessante destacarmos que, mesmo com as dificuldades que enfrentamos na questão do repasse do Fundo de Educação, Porto Alegre mantém um orçamento na área de educação que ultrapassa aos 20%.

Na proposta orçamentária para o próximo ano, um conjunto de ações na área de assistência social está arrolado. Gostaria de destacar a questão dos Núcleos de Apoio Sócio-Familiar e que, para o ano que vem, estamos pensando em ampliar em mais 12 núcleos, podendo eles desenvolverem um trabalho de ampliação de atendimento de mais de 600 famílias. Pela política de assistência social, hoje a Prefeitura tem, além de abrigos próprios como o Bom Jesus e Ingá Brita, uma rede de abrigos conveniada e que está contemplada no Orçamento.

Temos uma novidade em relação ao Orçamento deste ano: pelas verbas da assistência social, a destinação de verba, direta, para o Fundo Municipal de Assistência Social. Gostaríamos, também, de destacar que, no conjunto dessas verbas que citamos aqui para 98, estão incluídos recursos que serão repassados pelos Governos Federal e Estadual.

Portanto, fica o registro, aqui, desse debate que se faz do Orçamento de Porto Alegre, que na proposta orçamentária da União, na área de saúde, temos uma diminuição de 20%. É interessante que a gente conheça esses números. Por exemplo, o Governo Federal aponta como gasto 20 bilhões para todo o País, descontados os quatro milhões e meio que são da CPMF. Então, na realidade, o gasto com saúde direto do orçamento da União é de 15 bilhões e 600 milhões de reais. Para 98, eles estão propondo um gasto direto de 19 bilhões, mas, com a questão da CPMF, de seis bilhões, o Governo teria um gasto de 12 bilhões, com uma baixa de oito bilhões na saúde. O Governo Federal apresenta uma proposta de diminuição de gastos na saúde na ordem de oito bilhões. É interessante registrarmos esses dados, porque eles acabarão influenciando a questão do repasse da verba do SUS para todos os municípios deste País.

As propostas orçamentárias da União e do Estado vão ter sérias influências na proposta que estamos discutindo nesta Casa, porque há uma diminuição drástica na área da saúde, assistência social e educação. Para onde está indo o dinheiro da saúde? Para o pagamento de uma dívida. Em 97 foi gasta, só com os juros, a quantia de 25 bilhões. O Governo está projetando, só com os juros da dívida, a quantia de 37 bilhões para o ano de 98. Isso mostra qual é o compromisso desses Governos Estadual e Federal: pagar juro bancário e não colocar dinheiro no orçamento da saúde e da educação.

O Orçamento de Porto Alegre está aqui, com dinheiro para a saúde e para a educação. Gostaria que os representantes desses governos, nesta Casa, explicassem a proposta de orçamento que está na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional, que tira dinheiro da saúde e da educação e passa dinheiro para banqueiro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cyro Martini está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Orçamento proporciona a nós uma ocasião propícia para discutir, também, acerca do trânsito, do tráfego futuro.

Nós sabemos que o trânsito nacional, sob o ponto de vista legal, sob ponto de vista administrativo, está sofrendo uma transformação. Foi aprovado, no dia 23 do mês passado, o projeto de lei, no Congresso Nacional, que hoje é a Lei nº 9.503, o novo Código de Trânsito Brasileiro. O Orçamento do Município, que trata das várias questões pertinentes à alçada da Prefeitura, dos serviços municipais, engloba e fecha várias atividades no sentido do trânsito também. É um momento rico de reflexão por uma razão muito simples: a carga de competência do Município, no que tange ao trânsito, será acrescida, no ano que vem, de um volume de competência e de trabalho fora do comum, extraordinário. Senão vejamos.

A fiscalização, que não era fiscalização de trânsito, que não era exercida pelo Município, será não totalmente, mas majoritariamente exercida pelo Município a partir de 23 de janeiro do ano que vem. As infrações ocorrentes no tráfego urbano que digam respeito à circulação dos veículos, dos pedestres também, o estacionamento e a parada. Essas infrações que estiverem dentro desses capítulos serão objeto da fiscalização, isto é, da autuação, da penalização e todas as conseqüências advindas daí, por parte do Município. Também ficará a cargo da fiscalização municipal o controle sobre peso, dimensões, lotação de veículos. Vejam que a carga de atribuições do Município passa a ser impressionante numa área com a qual o Município não tinha familiaridade nenhuma e sobre a qual não tinha competência alguma. Além das infrações relativas a circulação, parada e estacionamento de veículos e com relação a pesos, dimensões e lotação, há ainda a fiscalização incidente sobre eventos e obras na via pública, que antes a Prefeitura lutava com dificuldades também nesta área, sem poder tomar iniciativa alguma no sentido de punir, de coibir os abusos ocorrentes neste sentido. Aumenta-se, então, a carga de fiscalização do Município. E mais: sob o ponto de vista da poluição do trânsito, também passa a fazer parte da competência e atribuição do Município.

Quero chamar a atenção para que os nobres Vereadores meditem e pensem. Se o trânsito era, sob o ponto de vista da fiscalização, algo estranho ao Município e tendo o Município, como diz a Constituição do Estado, apenas que esperar o repasse das multas - o que, aliás, o Governo do Estado no momento não repassa ao Município; deve cerca de 17 milhões de reais em repasses de multas...

Sr. Presidente, está difícil para conseguirmos chegar a um bom termo. Entendo que esse assunto é de alta relevância. Concedo o aparte ao Ver. João Dib.

 

O Sr. João Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. tem absoluta razão. O assunto discutido por V. Exa. é da mais alta relevância; trânsito interessa a todos nós. E quando V. Exa. começou a falar da poluição sonora eu me antenei totalmente.

 

O SR. CYRO MARTINI: Justamente, há uma lei que trata do assunto. Agora, nós vamos tratar desse assunto, também, contando com as normas disciplinares do CONAM - Conselho Nacional de Meio Ambiente - e de outros organismos que estão relacionados com essa matéria.

Então, vejam que se soma àquela atribuição de trânsito, que passou para o Município em 1968, quando o Ver. João Dib era um dos assessores da Secretaria Municipal dos Transportes e foi num programa de televisão receber das mãos dos Delegado Domingos José de Souza e José Garcia Silveira a atribuição, hoje se somam essas atribuições referentes à fiscalização de trânsito.

Nós estamos aí com algo muito importante, e a Secretaria Municipal dos Transportes, que dispunha de atribuições de alta importância e de uma quantidade e volume extraordinários, passará a ter, a partir de janeiro, um volume muito maior. Eu me preocupo com isso. Acho que todos nós deveríamos nos preocupar, porque remendos na administração, apenas, não satisfarão. Nós temos que criar toda uma infra-estrutura para lidar com essas novas atribuições.

A educação para o trânsito, que antes era algo que o Município fazia como uma atribuição paralela, a partir do novo Código terá que ser obrigatória. Então, percebam o volume de atribuições. Por isso, temos que ter cuidado quando falarmos em trânsito, a partir de 23/01/98, isto é, daqui a três meses. Temos que ver isso com toda a atenção. Por isso, eu entendo que este momento proporcionado pelo Orçamento para o ano que vem é oportuno para refletirmos e meditarmos sobre a sorte do trânsito no futuro.

O Município, hoje, apenas recebe o repasse. Aliás, deveria receber, porque o Governo do Estado não repassa e já deve 17 milhões para o Município. Mas, de qualquer modo, do ponto de vista da Constituição do Estado, o Município, que apenas ficaria na espera do repasse, a partir do ano que vem terá que colocar recursos para desenvolver um trabalho, que até há pouco tempo não era desenvolvido por ele.

 

O Sr. João Dib: E que façam a leitura do seu artigo de hoje.

 

O SR. CYRO MARTINI: Obrigado pelo seu carinho e sua atenção e pela leitura do meu artigo. Se tiver oportunidade, redigirei outro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O último inscrito em Pauta Especial, o Ver. Reginaldo Pujol, cede o seu tempo ao Ver. João Dib.

O Ver. João Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em primeiro lugar, quero agradecer ao eminente Ver. Reginaldo Pujol, que mais uma vez me cede a oportunidade de usar esta tribuna. É que eu preciso hoje falar no Ministro Sérgio Motta, o Ministro Sérgio Motta, que é espezinhado por essa bancada que está quase toda ausente aqui, que fala mal dele de toda sorte e de todas as maneiras. É que nesta tribuna foi lido um ofício do Prefeito Municipal de Porto Alegre para interferir na renovação de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. E o Prefeito, contra toda legislação, mandou um ofício dizendo que daria à Câmara 4% das receitas correntes com Orçamento. E mais uma vez, atingido o seu objetivo, é igual àquele voto que foi trocado, do IPTU, pelo sonorizador na Restinga. Conseguiram o voto do IPTU e não fizeram o sonorizador na Restinga.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Não teve uma comissão externa nesta Casa que disse, clara e objetivamente, na sua finalização, que não houve aquilo de que o Ver. Luiz Braz acusou o Governo Municipal?

 

O SR. JOÃO DIB: Nobre Ver. Adeli Sell, inteligente, atento e correto Vereador, o relator falhou de uma forma inusitada: 10 vezes o Vereador citado afirmou que trocou o voto. São Pedro negou três vezes, o Ver. Lauro Hagemann negou 10. Estava escrito, com todas as letras, dito por todas as rádios e televisões desta Cidade, que ele havia trocado o voto pelo sonorizador, e, aí, 33% acima da inflação, se aplicou no Imposto Predial de Porto Alegre. Mas o ofício do Prefeito dizia que seriam dados 4% das receitas correntes do Município, até porque a interpretação de receita corrente do Prefeito e do Tribunal de Contas são completamente diferentes. As receitas do SUS são receitas correntes, e despesas correntes são o que diz o Tribunal de Contas deste Estado. Mas o Prefeito, que manda aqui o Orçamento, diz: “Despesas realizadas em 96 - 3.6% foi a despesa da Câmara Municipal”. E é bom lembrar que os servidores desta Casa receberam em dezembro de 95 um abono de 10% e também em janeiro de 96, porque havia uma sobra de recursos na Casa. O Prefeito deixou pagar o abono de dezembro porque a Câmara estava convocada extraordinariamente, e entrou na Justiça contra os 10% do mês de janeiro de 96. Hoje, eu vejo a população preocupada com o DEMHAB, com a Administração que aí está. E tem que ter muita preocupação mesmo. Mas o Prefeito mandou o ofício a esta Casa e disse que daria 4%, e não existe lei que pudesse autorizar o Prefeito a escrever o que escreveu e assinou. Então, a Emenda, que a Câmara não queria, dizia que eram 3,5%. No ano passado, a Câmara teve 3,23% do Orçamento. Este ano, o Prefeito, que tem algumas semelhanças com o Serjão, prometeu 4% e mandou 3,32% do que ele considera receitas correntes. O Tribunal considera diferente.

Então, mais uma vez, a Câmara Municipal foi ludibriada pela Administração da Prefeitura, como foi ludibriada quando nós queríamos uma Comissão Especial para examinar o regime urbano do “shopping papel” e a bancada petista pediu para ser retirado esse pedido para ser votado o pedido de urgência que, em duas ou três semanas, nós teríamos o segundo projeto. Três meses e ainda não veio o segundo projeto!

A mesma coisa com o Simpa. A Prefeitura está com superávit ano após ano - isso é má administração -, e não quer dar aos municipários nem a reposição, mas o que está escrito na lei: a progressão, desde 1º de janeiro, e o Simpa, inteligentemente, entendeu o porquê. Eles vão pagar tudo de uma vez só e vão receber imposto de renda retido na fonte, prejudicando os municipários. Eles são gênios do mal e depois querem falar do Serjão! São aprendizes do Ministro Sérgio Motta. Nós estamos no Rio Grande do Sul e aqui a palavra vale mais do que qualquer documento; a palavra de um homem gaúcho é palavra; um fio de bigode é documento maior do que a assinatura. Agora, vêm aqui na tribuna, lêem o documento assinado por S. Exa. o Sr. Prefeito dizendo que vai dar 4%, e ele dá 3,32%. Aprendiz mesmo é o Sérgio Motta, que é agressivo, que não usa a sutileza, não tem a inteligência, não tem a maldade da Administração que aí está e que está infernizando a vida dessa gente que também aí está, pagando o dobro do que vale para acertar o problema da Construtora Guerino e da Caixa Econômica Federal, mas não para acertar o problema do povo. Esse atendimento feito ao povo é igual ao atendimento que se faz aos servidores municipais e é igual ao respeito que demonstra para com esta Casa. Ofício trazido e lido aqui é desrespeitado. Se líder eu fosse de um partido e lesse um documento assim, eu renunciava e mandava aquele que assinou o ofício para o lugar que compete aos que mentem, para os que falseiam a verdade, para os que pretendem enganar, ludibriar. Eu o mandava para o lugar certo. Eu não aceitaria ser porta-voz de alguém que não honra a sua palavra.

 

O Sr. Gerson Almeida: V. Exa. me permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Dib, gostaria de lhe dizer que, em primeiro lugar, sinto-me honrado em liderar a Bancada do Partido dos Trabalhadores, ser Líder do Governo Raul Pont. Não tenho nenhuma dificuldade em fazer essa atividade; faço com muita honra. Em segundo lugar, cada vez mais, sem ser grosseiro, ser aprendiz, como V. Exa. falou que Sérgio Motta é grosseiro e é um aprendiz, V.Exa. tem se tornado um aprendiz apesar de ser um dos mais experientes Vereadores desta Cidade. V. Exa. tem usado muitos advérbios, muitos adjetivos e muito pouco substantivo. Também gostaria de dizer que todos os acordos feitos pelo Partido dos Trabalhadores com esta Casa, com as bancadas, foram e são rigorosamente cumpridos. Parece injustiça trazer qualquer outra coisa diferente desta. Gostaria que, pelo menos, esse ato fosse reconhecido. O seu pronunciamento a mim parece eivado de incompreensões e equívocos. Repito: tenho a honra de pertencer a um governo como este, que tem mudado o perfil de Porto Alegre e mostrado que é possível fazer política de uma forma bastante diferente em nível de Estado, em nível federal e do que foi feito por outras administrações aqui, em Porto Alegre, quando as vilas e bairros populares eram absolutamente esquecidos, e hoje, apesar de todas as dificuldades, nós levamos infra-estrutura urbana com qualidade para todos os bairros. V. Exa. reconhece isso.

 

O SR. JOÃO DIB: Sou grato a V. Exa. pelo aparte brilhante, que mostra que tem satisfação de ser líder, ser porta-voz de alguém que não cumpre a sua palavra. Sou um atento Vereador e aqui foi dito e lido por V. Exa. que seria votado e, em lugar de 3.5%, mandaram 3.32%, quando prometeram quatro. Se isso não é faltar com a verdade, se isso não é ser desonesto, eu não sei o que é desonestidade. E me foi prometido que me dariam em duas semanas, e não deram, o segundo projeto do “shopping papel”. Isso é muito mais do que desonesto. Eu não havia usado o termo desonesto. Agora usei e vou repetir - e os meus colegas de bancada, diferentes do PT, disseram-me que eu não fizesse a troca porque eles não iriam cumprir, e eu, por ser gaúcho, acreditei, porque acredito nas palavras mais do que em um documento. Eu disse aqui, um dia, quando o PT traiu o PDS em uma eleição, que eu estava lendo os livros “Cervantes” e “O Colóquio dos Cães” e nesses livros dizia que o homem se mede pelo valor das suas palavras. E eu disse naquele dia que havia Vereador que latia. Não vi atendimento àquilo que foi prometido a mim e à Casa do Povo de Porto Alegre e, se alguém me disser que 3.32 é 4, eu não sou mais árabe, não tenho ascendência libanesa. Eu não posso, Vereador, por mais profundo respeito que eu lhe tribute, admitir que as minhas palavras possam ser torcidas.

Eu disse que o Sr. Sérgio Motta é um aprendiz porque ele é agressivo, porque ele não tem senso de medida, mas o partido de V. Exa. tem toda a sutileza do mundo, sabe muito bem fazer um João Dib acreditar na sua palavra, sabe fazer a Câmara Municipal acreditar na sua palavra. E não era verdade em nenhuma das vezes. E eu fico pensando por que o povo recebe de prêmio proposta de IPTU acima da inflação, e se aqueles que aqui estão, quando eles dizem que paga mais quem tem mais... É mentira deslavada, porque números são números, são respeitáveis. Dou um exemplo: prédio de alvenaria com dois pavimentos, sem elevador. São cinco as categorias: A, B, C, D e E. “E” é a mais cara. É aquela que eles querem vender pelo preço que venderam no Leopoldina. “A”, 46%; “B”, que é o que tem mais, 126% de aumento; “E”, que é o dos poderosos, que são os que têm mais, que deveriam pagar mais, 22,5%. Isso é mentir deslavadamente, porque, para mim, aprendi numa lição de catecismo: mentir é falar contra o que se pensa para enganar. E eu aqui, só no que estou dizendo agora, fui enganado duas vezes, quando acreditei na liderança petista a respeito do o processo 2, do “shopping papel”, aquele onde a Prefeitura vai desafetar a praça para dar para o “shopping papel” transformar-se no “Shopping Cristal”. Saúde e paz. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a Pauta Especial. O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ouço o Ver. João Dib falar aqui, nesta tribuna, de mentiras. Ver. João Dib, eu estou vindo a esta tribuna porque eu só posso falar para este Plenário das mentiras que também estou ouvindo do secretariado petista. Faz um mês, exatamente, Sr. Líder do PT, que encaminhei o assunto para o Secretário Hideraldo Caron, da SMAM. O assunto se refere a um parecer mal fundamentado, que saiu da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e que embasou a interdição de uma publicidade em uma banca de revista do Centro da Cidade.

Nós fomos até o Secretário e mostramos o erro da fundamentação da Secretaria. O Sr. Secretário ficou de nos dar a resposta no dia seguinte. Nós estamos esperando, Ver. João Dib, até hoje, e eu telefono todos os dias para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Todos os dias. E todos os dias eu recebo a seguinte informação: o Secretário não está, o Secretário está em reunião, o Secretário saiu, o Secretário não pode. Ora, que Secretário é esse que nunca pode atender um Vereador de Porto Alegre? Que Secretário é esse que, depois que foi para a Secretaria do Meio Ambiente, se tornou alguém maior que o próprio Prefeito Municipal? Ele não atende mais aos Vereadores, ele não atende mais à população, ele fala mentiras. Ele diz, no telefone, que ele vai atender no momento seguinte, só que, no momento seguinte, ele não está, ele saiu. E, aí, Sr. Líder da Bancada do PT, este partido de V. Exa., que tem a obrigação de atender ao povo, porque fez o discurso como se estivesse defendendo os interesses do povo, é um partido que, no momento em que o povo procura, não encontra este partido para dar as respostas. E eu disse para o Secretário que pode dar as respostas negativas, mas que dê as respostas, não se esconda como um covarde, não se esconda como um pulha. E esta Secretaria do Meio Ambiente deve respostas à população, ela deve respeito aos Vereadores de Porto Alegre.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria que o Presidente da Mesa usasse o Regimento da Casa para garantir que o orador usasse termos regimentais.

 

 

 

O SR. LUIZ BRAZ: Isso não é Questão de Ordem. Este Vereador não está usando nenhuma palavra que fira o Regimento. Eu não feri o Regimento em momento algum.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): Quero que a Presidência da Mesa, valendo-se do Regimento, fale para o orador se manter em palavras em termos regimentais. “Pulha” e “covarde” não fazem parte dos termos regimentais da Casa. Eu gostaria que isso fosse preservado.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, o orador da tribuna só vai ferir o Regimento no momento em que ele mentir, quando tentar ludibriar as pessoas, quando não estiver atendendo aos interesses da população, mas, no instante em que estamos falando de uma ação de um secretário que não atende ao povo, neste momento, tenho todo o direito de dizer que esse Secretário está agindo como um covarde. Ou ele não deve respostas à população? Ou ele não deve respostas aos Vereadores? No momento em que ele se nega a atender, quando não dá respostas, como ele age? Qual o termo que devo utilizar como sinônimo de “covarde”? Qual o termo que pode ser utilizado da tribuna e que vai caracterizar a covardia do Sr. Secretário da SMAM, que não dá respostas para o povo? Se V. Exa. me disser qual o termo que devo utilizar para me manter dentro dos limites regimentais, este Vereador vai utilizá-lo, mas, enquanto eu não souber o termo adequado, eu vou utilizar o termo que conheço e que bem caracteriza essas ações do Secretário da SMAM, que age fugindo da população. Ele não dá resposta para a população e foge, mente descaradamente. Quem é esse Secretário? É um covarde. Esse é o termo que posso utilizar com relação à SMAM.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Luiz Braz, respondendo a Questão de Ordem do Ver. Gerson Almeida, no art. 142 do nosso Regimento, no inc. VI, diz o seguinte: “Durante as Sessões o Vereador não poderá referir-se a colega ou a representante do Poder Público de forma descortês ou injuriosa”. V. Exa. infringiu o Regimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a única coisa que este Vereador fez, e se V. Exa. ouviu o pronunciamento sabe muito bem, foi relatar um fato ocorrido entre o Secretário e este Vereador. Se o Secretário há um mês foge deste Vereador e não dá respostas que a população quer saber, qual é o termo que V. Exa. acha que este Vereador deve utilizar para não injuriar ou não ofender o Sr. Secretário? Ou será que não seria o Secretário que está ofendendo este Vereador, está ofendendo a população quando se esconde?

 

O SR. NEREU D’ÁVILA (Questão de Ordem): Eu gostaria, sem querer tomar posição, apenas referir a Constituição Federal que, pela hierarquia das leis, é a Lei Maior. Ela assegura, no art. 29, inc. VIII, o que é uma inovação desta Constituição em relação às demais sete outras da República, o seguinte: “Inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato na circunscrição do Município”. Portanto, o Vereador é inviolável. Pode não ser ético, pode não ser bonito, e o Regimento não tem força legal para superar a Constituição. Pode ninguém gostar, mas a inviolabilidade é um princípio constitucional da Constituição Brasileira.

 

O SR. PRESIDENTE: Orienta-me a Diretora Legislativa que foi regulamentado pelo Regimento da Casa, votado e aprovado por todos os Vereadores.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, os termos do Regimento não tratam de inviolabilidade da palavra, que é um preceito democrático e por nós defendido. Trata de descortesia e injúria. Quero também me firmar na Resolução nº 1.319, que é o Código de Ética Parlamentar desta Casa, no seu art. 5º, que diz: “Constituem faltas contra a ética parlamentar de todo Vereador no exercício do seu mandato: utilizar-se, em seus pronunciamentos, de palavras ou expressões incompatíveis com a dignidade do cargo; desacatar ou praticar ofensas físicas ou morais”. Ou seja: não estamos tratando de inviolabilidade da palavra, cujo partido defende há muitos anos - desde quando era proibido, por alguns Vereadores que sustentavam o regime, falar. Estamos tratando da injúria e da descortesia. Que isso fique bem claro para todos os Vereadores, Vereadoras e visitantes. Não se trata de ferir a democracia da palavra, mas, sim, da indignidade, da descortesia e da injúria.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para fazer uma Comunicação de Líder pelo PSDB.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Ver. Luiz Braz, não espere ética, não espere delicadeza de onde só temos tido desatenção e, inclusive, Ver. Luiz Braz, truculência.

Quero dizer três coisas nesses cinco minutos. Primeiro, às comunidades que comparecem aqui quero dizer que eu vou votar a favor da formação da CPI da habitação, da moradia, do DEMHAB.

Quero ressaltar que, até esta data, os servidores contemplados com mudança de letra, através da progressão funcional, não receberam os valores a que têm direito desde janeiro de 1997, conforme o art. 8º do Decreto 9006, de 15 de outubro de 1997. O pagamento não será feito no mês de outubro, já que a folha para este mês está concluída. Já fiz pedido de informação, pedido de providências. Não recebi, até agora, nenhuma resposta dos delicados e atenciosos Secretários da Administração Municipal.

Ver. Renato Guimarães, tenho a resposta para o que V. Exa. afirmou aqui na presença de todos, que a CPMF - tenho os dados; é espantosa a facilidade e até mesmo uma certa irresponsabilidade das pessoas que afirmam - está sendo desviada. Muito ao contrário! Tenho todos os dados da arrecadação, do que foi repassado da CPMF, do total do ano de 1977 da CPMF e do que será gasto.

É impressionante esse veneno! Por favor, logo da Bancada do PT, que não me explicou ainda por que não estão aceitando os critérios impostos pelo Tribunal de Contas, em parecer de técnicos do Tribunal, em ofício enviado pelo Presidente do Tribunal de Contas Celso Testa, dizendo que os valores têm que ser integrados à vala comum de toda a arrecadação da Prefeitura, e daí, então, retirada a aplicação do SUS e não os 75 mil, que é 9%! E vocês insistem em colocar na proposta orçamentária como 13%. Não é verdade. Isto é uma mistificação. É o que eu disse: uma STC, uma sutil troca de colunas, uma modificação da contabilidade para dizer que aplica 13% na saúde. Esquece o Vereador de dizer que plano de saúde da família não tem posto de saúde. É uma equipe paga pelo Ministério da Saúde, este mesmo Ministério da Saúde que foi tão criticado e que agora manda para a arrecadação municipal quase 50% da arrecadação total do Município.

A toda hora e a todo o momento, mesmo recebendo as verbas adequadamente e sem atraso, os arautos da Prefeitura Municipal vêm para cá dizer que vamos diminuir a verba para a saúde. Isso é mentira. As verbas da saúde não vão ser diminuídas. Muito ao contrário, este ano vamos atingir, per capita, 200 dólares e, em 94, eram 48 dólares. Isso é muito pouco, mas é o triplo do que atingimos em 94. Esta é a verdade. Esta verdade dói como dói o Plano Real estar tendo esse sucesso. O Plano Real estar colocando comida na casa do trabalhador.

É muito difícil alegar o abandono oficial da saúde, porque isso é uma mentira. Se mais não é feito é porque o ajuste das contas públicas depende do ajuste de estruturas previdenciárias, tributárias e administrativas que não é em dois ou três anos de governo que se vai fazer. O que é inaceitável é, depois de encher a barriga com os cofres do Ministério da Saúde, vir aqui dizer que vai ser diminuída a verba. Isso é mentira. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): Srs. Vereadores, temos a honra de receber o Embaixador da Hungria, que está acompanhado da Sra. Embaixatriz e da Sra. Consulesa.

O convite foi feito pelo Ver. Isaac Ainhorn. Nós saudamos a todos os demais visitantes que estão, hoje, aqui na Casa. É uma honra muito grande para nós recebê-los. Já estivemos no Salão Nobre conversando com o Sr. Embaixador da Hungria, que faz esta visita à Casa, para nosso orgulho. Acompanhando o Sr. Embaixador Gabor Tóth, a Sra. Embaixatriz Marta Tóth, a Sra. Consulesa Verônica Ruttkay Pereira e, ainda, o Tenente Selise, da Casa Militar do Palácio Piratini, a Sra. Elza da Silva Leite e a Sra. Carla Veríssimo do Carlo, Procuradora-Geral da União. Todos os Vereadores teriam o maior prazer e a honra de fazer a saudação a V. Exa., a sua Senhora e a nossa Consulesa.

Convidamos o Ver. Isaac Ainhorn, 1º Vice-Presidente da Casa, para que faça uma saudação, em nome de todos os Vereadores, aos ilustres visitantes.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Sr. Embaixador da Hungria no Brasil, Dr. Gabor Tóth, Sra. Embaixatriz Marta Tóth, Sra. Consulesa da Hungria no Estado do Rio Grande do Sul, Profa. Verônica Ruttkay Pereira.

Seguindo uma tradição de alguns anos nesta Casa, nós, nesta época, prestamos uma homenagem ao povo húngaro e à Hungria por toda a sua história, por todo o seu passado e especialmente pela marca muito presente deste povo que há muito vem lutando com idas e vindas pela consolidação das instituições democráticas naquele país. Conhecemos a luta daquele povo, que exatamente há 41 anos escreveu uma das mais belas páginas da História Contemporânea do século XX em defesa da democracia e da liberdade, quando civis indefesos enfrentaram os tanques e baionetas dos interventores que tentavam esmagar uma rebelião que tentava restabelecer a democracia e a liberdade naquele país.

Sabemos muito bem que hoje a Hungria, que se constitui numa democracia parlamentar, com inúmeros partidos políticos ali representados, busca realizar a igualdade, a justiça social e a democracia, sobretudo a justiça social alicerçada nos princípios da liberdade e da democracia. Nós também, Sr. Embaixador. V. Exa. acompanha aqui, neste País, como representante de uma nação, as dificuldades e as vicissitudes do nosso povo, que clama e também pede justiça. Hoje temos um exemplo, que nós assistimos nesta Casa, de uma comunidade que vem aqui pedir e clamar por justiça aos seus representantes, aos seus parlamentares na Cidade de Porto Alegre.

Nós saudamos V. Exa., Sr. Embaixador. Saudamos os esforços que têm sido feitos pela Sra. Consulesa desse País, aqui no Rio Grande do Sul, Verônica Pereira, que busca incrementar os laços entre o nosso Estado, componente da Federação Brasileira, com a Hungria.

Nós temos conhecimento das relações, dos trabalhos conjuntos, do intercâmbio cultural e educacional que vem sendo realizado, tendo à frente V. Exa. estimulando esse trabalho, mais especificamente aqui no Rio Grande do Sul, com inúmeros avanços significativos na área cultural e educacional.

Hoje mesmo, teremos a apresentação de uma exposição lá, junto à Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Somos sabedores, e isso é muito importante, de que não só os laços culturais e educacionais estão se consolidando, mas também o incremento nas atividades comerciais entre esses dois países.

Nós sabemos que, em janeiro próximo, S. Exa. o Sr. Governador do Estado, Jornalista Antônio Britto, acompanhado de uma delegação de empresários, estará na Hungria buscando incrementar e aumentar os laços que nos unem com aquele país. Somos conhecedores também de um fato, Sr. Presidente, de algumas experiências que estão sendo levadas aqui no Estado, como, por exemplo, na área da piscicultura, na Cidade de Passo Fundo, bem como na atividade coureiro-calçadista, nas Cidades de Estância Velha e Novo Hamburgo.

Nós gostaríamos, nessa saudação, de registrar ainda o incremento dessas atividades comerciais, notadamente pela venda que a Hungria tem feito, o intercâmbio das relações comerciais entre os dois povos, principalmente com o Rio Grande do Sul, através de diversos equipamentos hospitalares que já estão implantados em hospitais do Estado, levado a efeito, exatamente, pelo esforço da representação húngara no Estado brasileiro, quer seja em nível federal, representado por S. Exa. que aqui nos visita no dia de hoje, quer seja no nível estadual, levado a frente pela dinâmica atuação da Sra. Consulesa Verônica Ruttkay Pereira.

Por essas razões, Sr. Presidente, Sr. Embaixador, Sra. Embaixatriz; Sra. Consulesa, nos sentimos, neste momento, na presença dos Srs. Vereadores, extremamente honrados em recebê-los e prestar esta homenagem, sobretudo quando se comemora, no dia 23 de outubro, o Dia Nacional da Hungria. E é com muita satisfação que a Câmara de Vereadores os recebe nesta tarde, de uma certa maneira informal, mas uma recepção calorosa, quente, como é o nosso povo gaúcho, ao lado desse espírito de densidade, humanismo, expresso pelo povo húngaro nas suas músicas, nas suas tradições. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: É com muita honra que passamos a palavra ao Sr. Cônsul Gabor Tóth.

 

O SR. GABOR TÓTH: Exmo. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, representantes do povo porto-alegrense. Para mim é uma grande honra que, pela segunda vez, posso fazer uso da palavra neste recinto do povo, neste recinto da soberania popular de Porto Alegre. Pela primeira vez, fiz com muita emoção, e agora comovido pelo fato de podermos estar aqui, nesta Casa, pela terceira vez, devido à grande iniciativa do Ver. Isaac Ainhorn, que propôs que a Câmara Municipal de Porto Alegre declarasse a data magna, o dia 23 de outubro, como o Dia da Hungria nesta grande Capital. Quero pôr ênfase no fato de que realmente o dia 23 de outubro foi de grande significado para o povo húngaro e com toda a certeza exerceu grande influência no pensamento do povo húngaro e de outros povos da nossa região porque foi a primeira expressão, a primeira manifestação aberta, franca, sincera, valente, corajosa, daquela liberdade, daquela resistência, daquele protesto contra uma influência estrangeira, contra uma presença alheia no território húngaro, no solo dos países da Europa Central, países que eram o berço de idéias democráticas, que eram o berço de pretensões, de aspirações dos seus povos, no sentido de combinar, de alcançar, de implementar duas grandes idéias: liberdade e justiça social.

O povo húngaro, que foi esmagado pelas tropas aéreas, mas que cultivava na alma, no fundo do seu coração, a idéia de liberdade e justiça, recebeu no Brasil, especialmente em Porto Alegre, manifestações de simpatia, solidariedade, de convivência espiritual, elementos indispensáveis para que os melhores elementos do meu povo pudessem manter esse espírito libertário, pudessem manter viva a chama da liberdade. Graças a essa simpatia e solidariedade, o povo mantinha na alma aquela esperança que, depois, se realizou, quando as condições globais permitiram. Foi por isso que, a partir do ano 90, o povo húngaro, que deu os primeiros sinais daquele estado de espírito, pôde dar uma demonstração clara sobre as aspirações do povo húngaro. Agora que nós estamos construindo uma verdadeira democracia, certamente com as suas dificuldades quanto aos recursos, quanto aos mecanismos, que ainda são imperfeitos, mas com a intenção de podermos superar esses momentos difíceis, agora podemos apreciar ainda mais essa simpatia, solidariedade e convivência que fazem parte do povo porto-alegrense.

Nós, os húngaros, temos várias características comuns com o povo gaúcho e temos um representante, na pessoa do nosso Cônsul, que representa o meu país de forma condigna. E, se o Ver. Isaac Ainhorn mencionou as suas qualidades, eu também quero agradecer, de todo o coração, que a comunidade porto-alegrense está brindando e muito especialmente através da Câmara Municipal, através de vários Vereadores que permitiram que a Hungria, realmente, estivesse presente. Nós temos a certeza de que estamos diversificando nossas relações, embora a Hungria seja um país europeu, um país que quer se inserir, na medida do possível, no conjunto das nações democráticas da Europa, no conjunto das nações democráticas do mundo, em geral, mas tem a necessidade de diversificar as suas relações, tem a necessidade de abrir suas fronteiras, tem que ampliar a sua capacidade de colaboração e, muito especialmente, com países tão importantes e em bom momento de desenvolvimento como o Brasil, que é importante tanto para o Brasil como para o mundo exterior o Estado gaúcho, o Estado do Rio Grande do Sul.

Especificamente em áreas onde a Hungria, ao longo de vários séculos de existência, mais de 11 séculos no coração da Europa, acumulou uma experiência importante em áreas relacionadas com os recursos humanos, como a educação, a saúde pública, a agricultura, em várias expressões, é justamente nessas áreas que pretendemos estreitar os laços de cooperação e esperamos que, através dessa cooperação, talvez o meu País possa contribuir de alguma forma, na área humana, para que essa grande aspiração do povo gaúcho, referente à justiça social, seja também apoiada através de parcerias tão dispostas como é o meu país, a Hungria.

Agradeço as atenções e a essa nova legislatura, eleita no ano passado, que assumiu aquele grande compromisso da legislatura da Câmara Municipal de dois ou três anos atrás. Quero cumprimentá-los. Quero colocar a Embaixada em representação a vossa disposição, convidando-lhes a estreitarmos ainda mais esses laços de cooperação e de amizade, que tem a sua base na qualidade humana do povo gaúcho e do povo húngaro. Que tenham mais sucesso como o país do coração do Mercosul, um grande projeto que engrandece o Rio Grande do Sul, engrandece o Brasil e engrandece a cooperação entre a Hungria e seu Estado. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Ao receber o Sr. Embaixador, desculpei-me por estar esquecido do idioma húngaro. Ele me disse que fala português; mais correto é impossível. V. Exa. está nos ensinando até a pronúncia.

O Ver. João Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, caríssimos Embaixador e Consulesa, quando o Presidente me disse que V. Exa. viria aqui, eu pensei em ler uma pequena poesia de Endre Ad:

 “Nosso choro é mais amargo,

 Nossas dores, diferentes.

 Os messias magiares

 São mil vezes mais messias;

 Nunca param de morrer,

 Crucificados à toa,

 Nossos messias inúteis.

 Ai os inúteis messias.”

 

Saúde e paz. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Uma palavrinha para o Embaixador e para a Embaixatriz: a Hungria para nós, do Cardeal Mindzenty, do Presidente Imre Nagy, do Yan Palach, que não morreu em vão. Hoje temos profunda admiração pela Hungria. Temos coisas maravilhosas no esporte, como o Honved. A Hungria espalhou-se pelo mundo.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Mais uma vez, é com satisfação que recebemos tão ilustres visitantes. Voltem sempre, que o nosso parlamento estará aberto, à espera, à disposição.

Oferecemos aos ilustres visitantes um livro de poesias e recebemos uma história ilustrada da Hungria, que está à disposição dos Srs. Vereadores.

Muito obrigado pela presença. Os trabalhos estão suspensos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h29min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 16h33min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. JOSÉ VALDIR (Requerimento): Requeiro a inversão dos trabalhos, entrando-se de imediato na Ordem do Dia e que nesta se votem, em primeiro lugar, os requerimentos, e, depois da Ordem do Dia, então, se discuta a Pauta.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. José Valdir. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Fernando Záchia.

Havendo quórum, passamos à

 

 

ORDEM DO DIA

 

 

A Mesa informa ao Plenário que recebeu da Vera. Anamaria Negroni Requerimento nº 269/97, contendo 15 assinaturas, solicitando uma CPI para apurar atividades do DEMHAB. Está deferido o Requerimento.

Temos uma sugestão a dar aos Srs. Vereadores, pedindo vênia ao Ver. José Valdir, porque existe a necessidade de votarmos dois pareceres conjuntos. Logo a seguir, votaremos os requerimentos e os projetos e voltaremos à Pauta. Esta é a proposta.

Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando que, ao adentrarmos a Ordem do Dia, o PLL 168/97 seja votado em primeiro lugar.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento, contra os votos dos Vereadores Gerson Almeida e Lauro Hagemann.

Estão suspensos os trabalhos para uma reunião conjunta das Comissões

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h43min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 17h10min): Estão reabertos os trabalhos.

Srs. Vereadores e, em especial, os nossos visitantes no dia de hoje, moradores do Jardim Leopoldina, nós queremos informar que foi feito um requerimento à Mesa para que se instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o assunto. O requerimento foi aceito de plano pela Presidência, porque, regulamentar e regimentalmente, precisaria de 11 assinaturas e já está, no presente momento, com 17 assinaturas. Significa que a Comissão será instalada e que, por hoje, o assunto era esse; não há mais nada a fazer hoje. A pedido de alguns Vereadores, inclusive para que pudéssemos liberar as pessoas que nos visitam, estou informando isso, embora todos estejam convidados a permanecer conosco, no decorrer da tarde, acompanhando outros projetos que serão votados.

Passamos aos Requerimentos.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos 255/97, de autoria dos Vereadores José Valdir e Juarez Pinheiro; s/nº, relativo ao PLCE nº 08/97, de autoria do Ver. João Dib; s/nº, relativo aos PLLs nºs 31/97 e 110/97, de autoria do Ver. Cyro Martini, conforme consta da Ata.)

 

O SR. 1º SECRETÁRIO: Requerimento, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta das Comissões Permanentes o PLCE nº 07/97.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento. O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para encaminhar o Requerimento.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, creio que esse Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn deve ser analisado com bastante cuidado, no sentido de que ele não atrapalhe eventuais negociações e conversas que estão sendo feitas pelas diferentes bancadas de oposição e pela própria bancada do Governo para se tentar buscar alternativas.

Por outro lado, dizia claramente ao Ver. Gerson Almeida, Líder do PT, que, embora não tenha simpatia pela urgência, neste momento, a Bancada do PSDB não votaria contrário à urgência. Nós entendemos que é fundamental que façamos a discussão, mas, também, não impeçamos, de maneira nenhuma, a perspectiva de chegarmos a um ponto de defender os habitantes de Porto Alegre. Ratifico aqui a minha preocupação em relação aos valores que nós vamos atingir, e que, talvez, na verdade, tenhamos que chegar a uma negociação: que se retirasse boa parte deste Projeto, que se ficasse com um ou dois desses artigos e não mais do que isso.

Deixo clara a posição: se realmente chegarmos à votação do Projeto, o PSDB já havia assumido uma posição de votar favoravelmente ao Requerimento, embora tendo preferência, certamente, por uma negociação um pouco mais lenta, que desse ainda uma oportunidade para se poder discutir o assunto, mas não vamos deixar de manter a posição que havíamos firmado anteriormente. Se chegasse o Projeto à votação, votaríamos favoravelmente, e é isso que será feito pela Bancada. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu tenho, nos últimos dias, conversado sobre esse Projeto com vários Vereadores e Lideranças. Todos nós sabemos da importância, da complexidade e do interesse público que há sobre este Projeto. Ele, tradicionalmente, é alvo de muitos debates. É exatamente para garantir que nós possamos assegurar, não só no Plenário da Câmara, mas no conjunto da Cidade, o melhor esclarecimento e debate possíveis sobre esta proposta, que esses projetos tributários tenham um prazo para serem trazidos à Câmara, um prazo anterior para que possamos estabelecer um processo de discussão melhor e mais rico possível.

Não quero aqui falar apenas para os Vereadores que, eventualmente, têm simpatia ou estão de acordo com este Projeto; eu quero falar para todos os Vereadores, inclusive àqueles que já têm opinião firmada contrariamente. Parece inadequado, neste momento, votarmos a urgência, porque esse Projeto há alguns dias tramita na Câmara, começa agora a ser destrinchado de uma forma mais aprofundada e é fundamental na condição do Orçamento da Cidade, que já está em tramitação e que tem até o dia 30 do mês que vem para ser votado. Ou seja: há inúmeros motivos que justificam que, concordando com o Projeto ou discordando do Projeto, desde já nós asseguremos um processo amplo de debates sobre ele. Nenhuma comissão tratou do assunto. Vereadores de várias bancadas, inclusive de oposição aqui, na Casa, com os quais conversamos, ainda tinham muitas dúvidas sobre o mérito do Projeto. Logo, seria um contra-senso que, diante de um projeto tão complexo, de um projeto tão importante quanto esse, antes que o debate se fizesse, não só na Câmara, como também na sociedade, nós já pedíssemos urgência.

Quero afirmar claramente: a Bancada do Partido dos Trabalhadores quer debater em todos os fóruns essa questão. Queremos fazer esse debate. Queremos discutir, inclusive com os Vereadores que já têm opinião, para que a população de Porto Alegre possa também conhecer mais detalhadamente aquilo que estamos votando.

Portanto, encaminho contrariamente ao Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, de pedido de urgência. Com esse Requerimento, acho que nós perdemos um dos principais argumentos que se fazem diante de projetos complexos como é esse, que é o argumento de que é preciso tempo para debater, que é o argumento de que é preciso estudar a matéria adequadamente. Portanto, o pedido de urgência, neste momento, sem que o Projeto tenha sequer 30 dias nesta Casa, me parece apressado e não vem ao encontro dos que querem debater profundamente, até mesmo para demonstrar que a proposta é muito ruim para a Cidade de Porto Alegre, como alguns afirmam. Queremos ter o direito de demonstrar que a proposta é boa, é justa e é correta. Portanto, queremos tempo para que possamos debater uma matéria com a complexidade que essa tem.

Queremos, desde já, agradecer aos Vereadores e Vereadoras que, independentemente de estarem a favor ou contra, asseguram o espaço público necessário para que uma matéria com essa grandeza possa ser bastante discutida, bastante debulhada, e que algumas fantasias que estão fazendo em relação a ela possam ser desfeitas pela habilidade daqueles que sustentam determinadas posições, ou confirmadas e afirmadas. Portanto, pelo bom debate, pela discussão pública mais ampla, que nós não votemos a favor desse Requerimento urgente. Muito obrigado.

 

 (Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta Casa tem uma história, em alguns momentos não muito alegre, em relação a aumentos do IPTU na Cidade de Porto Alegre. Confesso a minha preocupação em relação a esse Projeto. É posição deste Vereador, que tem sido, ao lado de tantos outros Vereadores desta Casa, combativo opositor em relação aos projetos de aumento do IPTU encaminhados pelo PT a esta Casa, de que não há dois lados: ou se aprova esse Projeto que aumenta o IPTU acima da inflação para o ano de 1998 e se dá um cheque em branco para os anos de 1999 e 2000, em que vão ocorrer aumentos reais do IPTU, ou se rejeita.

Acho que esta Casa tem um momento mais do que adequado, um clima mais do que propício para aprovar a urgência e, nos prazos mais rápidos possíveis, rejeitar esse triste projeto do Sr. Raul Pont e seu Secretário da Fazenda, que pretende penalizar a população de Porto Alegre. E, quando eu peço a urgência, fala o Vereador que, com toda a humildade, diz a seus colegas que tem um passado de experiências de votação de IPTU aqui nesta Casa. Os Vereadores de duas, três, quatro ou cinco legislaturas sabem, muitas vezes, como essas discussões se processam. E é por essa razão que requeri a urgência, porque há já um clima propício a rejeitar esse Projeto. E se o PT não quer votá-lo neste momento, é porque sabe, tem consciência de que o Projeto hoje será rejeitado. Ele quer, isso sim, ir empurrando até o fim do ano, na tentativa de ver aprovado.

Acho que esta Casa tem obrigação de dar uma satisfação à população de Porto Alegre no sentido de dizer que a Câmara Municipal de Porto Alegre repudia, rejeita quaisquer tentativas de aumento do IPTU acima da inflação. Não me venham os Vereadores governistas atribuir ao fato de que o Projeto precisa ser discutido, amadurecido. Somente são amadurecidos e discutidos aqueles projetos que eles têm medo de rejeitar, porque os que eles têm interesse passam permanentemente pressionando, pedindo o art. 81 para inclusão na Ordem do Dia e requerendo urgência para se votar. A urgência não exclui o debate, porque na urgência é nomeado um relator. Esse relator prepara um estudo, um trabalho, e esse material vem à reunião conjunta das Comissões. Portanto, não se exclui a discussão. Quem diz que se exclui a discussão está querendo sonegar a verdade. Aqui em Porto Alegre, neste Plenário, neste Legislativo, quem conhece a história desses anos de Administração do PT sabe que as tentativas sempre são no sentido de aprovar os projetos e empurrar “goela abaixo” dos Srs. Vereadores, tentando aprovar e buscar as maiorias. Mas reconhecemos o esforço da bancada governista, que trata dos seus interesses. E hoje ela quer, de qualquer maneira, penalizar a classe média desta Cidade, a classe trabalhadora, o pequeno e médio empresário desta Cidade, penalizar o inquilino.

Por isso, acho que não existe momento mais adequado para rejeitar esse Projeto a partir do momento em que votarmos a urgência e com o relator apresentando o seu parecer, votado em reuniões conjuntas, para que tenhamos condições suficientes de votar esse Projeto, e não a exemplo de dezenas de projetos que foram aprovados, sem qualquer discussão, infelizmente, nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar pelo PTB.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu não entendo por que o PT está contrário a esse pedido de urgência. Eu até acredito que esse requerimento de urgência deveria ser de autoria da liderança petista da Casa, porque a pressa deveria ser do PT.

Ver. Isaac Ainhorn, praticamente no final do mês de outubro, temos apenas o mês de novembro para votar essas matérias da área orçamentária. Então, o tempo que temos é reduzido. Se nós aprovarmos hoje a urgência, não significa que vamos votar imediatamente, porque, após aprovarmos a urgência, o que é preciso fazer? Vai-se votar uma comissão. Esta comissão vai escolher um relator; o relator vai fazer um parecer; esse parecer deverá ter uma data para ser votado. Esse parecer vai chegar neste Plenário no mínimo no início do mês de novembro. Nós temos, Ver. João Dib, somente o mês de novembro para votarmos esse Projeto e os outros projetos que precisam ser votados. Depois da votação ainda pode ser pedido o adiamento por cinco Sessões, no caso das discussões; depois, por mais cinco Sessões, no caso da votação. Então, nós temos prazo mais que suficiente para debater. Se o PT está contrário a esta urgência, eu acredito até que o PT não quer fazer passar esse Projeto do IPTU, que seria melhor ter retirado. Afinal de contas, o PT vai querer votar esse Projeto quando não tivermos mais tempo para discutir, porque, quando chegar ao Plenário para votação, nós vamos estar tão em cima da data para votarmos o Orçamento, que não vamos ter tempo de discutir um projeto que é tão importante como esse.

Eu sou de opinião que, se nós aprovarmos essa urgência, vamos ter um tempo maior para a discussão dessa matéria, e eu acho que é isso o que devemos fazer, aprovar a urgência e ganhar tempo para que possamos debater a matéria do IPTU isoladamente. Se não acontecer assim, eu acho que quem está com medo de um debate nessa área é o PT, que vai querer votar de maneira atropelada, de última hora. Esta é a nossa opinião, como Líder da Bancada do PTB, e acredito que somente o Ver. Paulo Brum não vai nos acompanhar, de acordo com o que ele já declarou. Os demais Vereadores estão na mesma linha de raciocínio. Querem discutir o IPTU, debater, não querem fugir ao debate, mas parece que o PT está querendo fugir ao debate do IPTU, querendo jogar essa matéria para junto do Orçamento. Somos pela aprovação da urgência. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar e saudar a presença do Ver. Miguel Elias, do PDT de Viamão, que se encontra em visita a esta Casa.

O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é absolutamente correta a colocação de urgência para a votação do Projeto em que a Prefeitura de Porto Alegre, de uma forma “vampiresca”, tenta aumentar o IPTU para o próximo ano, para o ano de 99 e para o ano de 2000. Eu penso que é necessária a urgência, porque a própria Prefeitura não sabe bem que tipo de projeto mandou para cá.

Tenho ouvido com atenção a posição do Secretário da Fazenda, a posição do nobre Ver. Juarez Pinheiro, mas há um equívoco. O que realmente está proposto é a inflação mais 9% para os prédios residenciais e mais 14% para os comerciais no ano de 98. Em 99, repete o freio. Em 2000, dirão para o povo de Porto Alegre que a Câmara votou, por isso que está acontecendo aumento de 50 ou 60%. Não adianta o Secretário da Fazendo dizer que o art. 9º disciplina. Não pode o imposto, de um ano para outro, exceder a inflação se não houver uma lei. Mas vejam o que aconteceu nos 33% acima da inflação: não tinha nem uma lei mandando fazer 33% acima da inflação. Eles simplesmente suprimiram o desconto. Se aprovássemos a proposição da Secretaria da Fazenda, da Prefeitura, estaríamos dando para o ano 2000 valores que, como diz o meu amigo e Vereador Pedro Américo Leal, nem Deus sabe, porque há valores os mais contraditórios, os mais estapafúrdios no acréscimo do metro quadrado de terreno. O único que se pode saber, com clareza, é o metro da construção porque esse já veio aqui. Nós não temos condições de analisar mais de 15 mil valores de metro quadrado de terreno.

Então, o correto é votar com urgência e derrubar esse Projeto de Lei do Executivo e, no ano que vem, eles poderão, sim, dizer: não houve acréscimo no IPTU, porque a Câmara não deixou. Se nós derrubarmos o Projeto do Executivo, como não tem decreto com a proposta orçamentária, não vai ter nenhuma forma de aumentar o IPTU para o ano que vem. Porque eu não quero ser dono da verdade, vou distribuir para os Srs. Vereadores para que, com seus conhecimentos e competências, analisem, acresçam, diminuam, mas derrubem o tal do Projeto do IPTU, que, como diz o Ver. Pedro Américo Leal, nem Deus não sabe de quanto será o aumento. E, para não ter dúvidas quanto ao art. 9, aumentaram 33% acima da inflação no Imposto Predial deste ano sem que houvesse uma lei; apenas retiraram o freio e ficou valendo a mesma planta de valores, e é possível e eles farão isso sem nenhuma dúvida.

É bom que os Vereadores lembrem que todas as benesses conseguidas, introduzidas na lei do IPTU pela Câmara, nunca foram citadas. Até houve um momento em que a Prefeitura de Porto Alegre gastou muito dinheiro eleitoralmente dizendo: “Aposentado, na Prefeitura, não entra em fila para receber benefícios”. Era o momento da disputa eleitoral entre o ex-Ministro da Previdência Antônio Britto e o ex-Prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra. E ele não tinha feito aquela proposição. Aquela proposição era da Câmara, do Ver. Divo do Canto, e que foi aprovada por unanimidade. Essa eles não diziam que era da Câmara. Agora, os aumentos eram da Câmara. Por isso, eu voto pela urgência, dizendo: saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Antonio Hohlfeldt solicita licença para tratar de interesses particulares no dia 22 de outubro, a partir das 17h30min.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Antonio Hohlfeldt e dada posse ao Suplente conforme consta da Ata.)

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem): Solicito a V. Exa. que seja dado o fundamento, pelo Regimento, da substituição do Ver. Antonio Hohlfeldt durante a Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: Antes de colocar em votação o Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, a Mesa tomou o embasamento da Diretoria Legislativa da Casa e esta colocou que fosse votado imediatamente, porque, quando há um pedido de licença, ele tem precedência sobre todas as matérias, e como se trata de um pedido sem ônus para o erário, uma vez que é por interesse particular, não há necessidade de fundamento legal.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de fazer um requerimento oral. Posteriormente, posso entregar por escrito. Gostaria que a Comissão de Justiça se pronunciasse sobre a substituição de vereadores durante o período da Sessão em que o Vereador já tiver respondido à chamada, porque não me parece que seja possível que o Vereador possa licenciar-se após ter dado presença. É uma dupla situação em que se encontra o Vereador.

Então, gostaria que a Comissão de Justiça elucidasse, porque me lembro, em tempos anteriores, ter vivido situação semelhante. Inclusive, peço aos Srs. Vereadores se alguém tem na sua memória muito presente que já havíamos definido da impossibilidade dessa substituição no meio dos trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE: Nobre Vereadora, a Mesa recebe o requerimento de V. Exa., defere o pedido, vai recolher as notas taquigráficas para tal finalidade, embora a Mesa reitere o seu posicionamento no sentido de que licença tem precedência sobre todas as demais matérias, podendo ser votada a qualquer momento, razão pela qual assim o fez, embasado na Assessoria Legislativa da Casa.

 

O SR. JOSÉ VALDIR (Requerimento): Sr. Presidente, quero agregar ao Requerimento da Vereadora que esclareça se na mesma sessão é possível participarem o titular e o suplente.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa defere o acolhimento junto ao Requerimento formulado, através das notas taquigráficas, o questionamento formulado pelo Ver. José Valdir, que, certamente, terá a resposta mais embasada possível dessa douta Comissão de Constituição e Justiça da Casa, que tem se distinguido pelo notório saber jurídico dos seus integrantes.

O Ver. Sebastião de Melo está com a palavra para encaminhar o Requerimento relativo ao PLCE nº 07/97.

Passo a Presidência ao Ver. Paulo Brum.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO DE MELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na Sessão de segunda-feira, eu tive a oportunidade de manifestar desta tribuna a preocupação em relação ao Projeto do IPTU, a preocupação porque se trata de matéria de alta relevância para a Cidade de Porto Alegre e que a Administração Popular, ao longo dos anos, vem castigando no Imposto Predial Urbano com valores acima da inflação, quando se tem estabilidade no País, quando o salário não sobe, quando o municipário não tem aumento, quando a lei não é cumprida, pois eles insistem em votar um projeto contra os interesses populares, a dita Administração Popular. Por isso, nós, da Bancada do PMDB, encaminhamos para que seja votado com urgência esse Projeto, porque já conhecemos lá, do ano passado ou retrasado, a barganha. Querem levar com a barriga para fazer a barganha. Se é bom para o povo, tem de ser votado agora, e quem deveria querer, em primeiro lugar, seria a Bancada do PT.

Por isso, somamo-nos para votar a favor, sim, da urgência, que vamos discutir nesta Casa. Mas é evidente que não podemos concordar com o IPTU, que tem gatilho em 1998, tem freio em 1998 e 1999. Disse muito bem o Ver. João Dib: que só Deus sabe o que vai acontecer, e depois vão jogar nos ombros dos Vereadores, dos representantes do povo, dizendo que foi esta Casa que aprovou. Esta Casa, pela dignidade dos Vereadores, não fará isso. Tenho absoluta certeza de que não só o Requerimento será aprovado com urgência, mas também esse Projeto será rejeitado em nome do povo de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Com a palavra, o Ver. Juarez Pinheiro.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, como V. Exa. sabe, sou Vereador de primeira legislatura, mas tomei ciência, nas conversas do Plenário, de que em outro momento, na legislatura passada, uma Vereadora foi impedida de fazer a sua substituição durante a Sessão. À Vera. Maria do Rosário me refiro, e o Ver. Raul Carrion a substituiria. Nesse sentido, face ser a matéria controvertida e as explicações já dadas pelo Presidente que o antecedeu na condução dos trabalhos, faço o Requerimento para que esta matéria seja apreciada pela douta Comissão de Justiça.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Juarez Pinheiro, já foi feito um requerimento semelhante, acolhido pela Presidência dos trabalhos, e foram determinadas as providências.

Em votação nominal, por solicitação do Ver. Guilherme Barbosa, o Requerimento, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando urgência para a votação do PLCE nº 07/97. (Após a chamada.) REJEITADO por 15 votos NÃO, 13 votos SIM.

Recebo uma Declaração de Voto firmada pelo Ver. Elói Guimarães, nos seguintes termos:

“A urgência, salvo melhor juízo, deveria partir do Executivo, autor do Projeto. Já firmei juízo sobre o Projeto: votarei contra. Quem tem convicção não muda. Não se descalçam as botas antes de se atravessar o rio.”

Requerimento nº 268/97, de autoria da Mesa Diretora, em que solicita a constituição de Comissão Externa a fim de acompanhar as questões referentes ao fechamento de agências do Banco do Brasil e a conseqüente situação dos seus funcionários. Já foi deferido.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos nºs 267/97, 239/97, 253/97, 254/97, conforme consta da Ata.)

 

Em votação Requerimento nº 256/97, de autoria do Ver. Gerson Almeida, que requer Moção de Apoio aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, que comemoraram o seu dia em 13 de outubro.

 

O SR. JOÃO DIB (Esclarecimento): Qual é o fato que leva à solidariedade?

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, esclareço a V. Exa. (Lê.)

“O Vereador que este subscreve requer (...) seja aprovada manifestação de solidariedade desta Casa aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, profissionais da área da saúde, os quais, desde 1969, comemoram no dia 13 de outubro o seu dia. Embora as profissões tenham sido regulamentadas através do Decreto-Lei 936/69, os órgãos públicos ainda não contam com um efetivo suficiente para atender a toda uma demanda reprimida, principalmente no que diz respeito à Terapia Ocupacional, fundamental, entre outras funções, na reintegração e atenção às doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho.”

 

O SR. JOÃO DIB: Sou grato, Sr. Presidente. Agora eu vejo que se faz uma moção para que se cumpra a regulamentação da teoria.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. (Pausa.) O Ver. Carlos Garcia está com a palavra para encaminhar pelo PSB.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Ver. João Antônio Dib, é só para o esclarecimento de que o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional têm profissões regulamentadas por lei. Concordo com a Moção. Só tenho a preocupação se, para cada dia determinado a uma categoria, nós vamos fazer uma moção de solidariedade. Insisto que fisioterapeuta e terapeuta ocupacional são duas profissões regulamentadas. Estão hoje sob a tutela do CREFITO - Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional -, e o Presidente deste Conselho no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná é o Dr. Fernando Prates, casualmente filiado ao Partido Socialista Brasileiro. E terapia ocupacional e fisioterapia, em Porto Alegre, só existe na instituição que coincidentemente eu trabalho, no Instituto Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário do Ver. João Dib.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos nºs 257/97, 259/97, 260/97, 264/97, 265/97, 266/97 e 251/97, conforme consta da Ata.)

 

Passamos ao PLE nº 11/97, que autoriza o Poder Executivo a celebrar convênio para a administração e exploração do serviço do porto de Porto Alegre e dá outras providências. A Mesa informa que esta matéria já foi discutida pelos Vereadores Isaac Ainhorn, João Dib, Juarez Pinheiro, Reginaldo Pujol, Adeli Sell, Renato Guimarães, Antônio Losada, João Carlos Nedel, Sebastião Melo, Fernando Záchia, Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães, Paulo Brum e pela Vera. Tereza Franco.

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, peço adiamento do PLE nº 11/97 por uma Sessão para que possa ser melhor esclarecido.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós havíamos votado um Requerimento, antes de adentrarmos na Ordem do Dia, dizendo que, logo após os Requerimentos, deveríamos votar o Projeto de autoria da Vera. Tereza Franco.

 

O SR. PRESIDENTE: Confesso a V. Exa. que seria desnecessário. Fomos convocados em horas tardias para assumir a Presidência da Casa pela ausência do Presidente e pelas circunstâncias de que o 1º Vice-Presidente era o requerente da matéria que estava em discussão e votação.

V. Exa. tem razão e torno sem efeito o anúncio feito, e realmente coloco em discussão, já que houve decisão tomada anteriormente pelo Plenário da Casa, em sua soberania, o PLL nº 168/97.

 

 

 

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2758/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/97, de autoria da Vera. Tereza Franco, que autoriza o Executivo Municipal a indenizar os detentores de mandato eletivo municipal cassados por Ato Institucional do Governo Militar.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por três Sessões.

 

 

O SR. PRESIDENTE: Há um requerimento que solicita o adiamento da discussão, por cinco Sessões, do PLL 168/97, de autoria do Ver. Gerson Almeida.

Está em votação. Para encaminhar, tem a palavra o Ver. Gerson Almeida.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esse Requerimento que faço à Mesa foi acordado com algumas lideranças da Casa para que votássemos matéria tão importante quanto essa, que vem sendo discutida há anos, que resultou inclusive em lei federal, e existe projeto sendo votado na Assembléia Legislativa que tem esse objetivo. Pela importância do tema, por toda a memória de luta do povo brasileiro, devemos, no mínimo, ter um espaço maior de tempo para que o debate seja feito e que o Projeto da Vera. Tereza Franco seja resultado de uma discussão que contemple o conjunto da Câmara de Vereadores e, mais, esteja articulado com a legislação que agora, por iniciativa do Governador Antônio Britto, está sendo votada na Assembléia e já tem leis semelhantes em termos nacionais.

Então, é neste sentido que eu solicito o apoio a esse Requerimento de adiamento, para que possamos, junto com as várias bancadas, estabelecer um processo que signifique uma afirmação da Câmara em relação às cassações que houve. Quero relembrar o acordo que fizemos, inclusive com bancadas de oposição, para que pudéssemos ter esse lapso de tempo, especialmente do Ver. Antonio Hohlfeldt, Líder do PSDB nesta Casa, do Ver. Nereu D'Ávila, Ver. Carlos Garcia e do Ver. João Dib. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, muito se tem falado em ética aqui nesta Casa, mas o que está acontecendo aqui, neste Plenário, eu só posso atribuir à falta de ética, porque o Projeto de autoria da Vera. Tereza Franco, que pertence à Bancada do PTB, o PT consultou todas as bancadas da Casa com relação ao adiamento, mas não consultou a autora do Projeto nem a Bancada do PTB, que disse ter nos consultado um Vereador que não está agora na Casa, que é o Ver. Antonio Hohlfeldt.

Diz o Ver. Gerson Almeida que costuma tratar individualmente com os Vereadores, não respeitando os partidos e bancadas da Casa. É verdade, acabou de acontecer que fez tratativas com bancadas da oposição. Ora, o que é isso, Ver. Gerson Almeida? Que falta de ética! É o mínimo que se pode exigir desta Casa para que possamos nos relacionar. Eu não queria nem que o Ver. Gerson Almeida falasse com a Liderança do Partido, que sou eu, mas que falasse, pelo menos, com a autora do Projeto. É o mínimo que se poderia exigir. Agora, fomos surpreendidos por um requerimento que estava colocado sobre a Mesa, com a assinatura do Ver. Gerson Almeida, dizendo que está sendo pedido o adiamento por cinco sessões. Mas que desrespeito com a Vera. Tereza Franco! Que desrespeito com a Bancada do PTB e com os outros Vereadores da Casa!

O Vereador que está na tribuna não mente e sempre encara as outras pessoas nos olhos. Eu posso dizer com toda a certeza: este Vereador não foi consultado com relação a nenhum tipo de adiamento. E eu não posso concordar com adiamentos. Eu só lamento que esse assunto tenha sido tratado com tanta falta de ética, e lamento o posicionamento dos líderes da oposição, que não fizeram nenhuma questão de consultar a autora do processo, se ela queria ou não o adiamento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, no ano passado, pedi uma cópia do Projeto do Dep. Beto Richa, do Paraná, que havia aprovado na Assembléia daquele Estado um projeto de indenização aos seqüelados paranaenses resultante dos desmandos da polícia daquele Estado durante a ditadura. De posse de uma cópia desse projeto, pedi uma audiência com o Governador Antônio Britto e coloquei a S. Exa a nossa vontade de que aqui, no Estado do Rio Grande do Sul, fosse tomada idêntica iniciativa. Por que fiz isso? Porque o Poder Executivo é quem tem a chave do cofre. É ele que decidiria pagar, ou não, um projeto que podia ser apresentado por qualquer um dos 55 Deputados da Assembléia Legislativa. O Governador Antônio Britto recebeu com simpatia a idéia, enviou o projeto para a sua Assessoria Parlamentar e lá foi produzido um Projeto de Lei do Executivo que hoje está sendo votado pela Assembléia Legislativa com a anuência do Poder Executivo. No caso presente, eu lamento ter de dizer que não houve essa preocupação, porque é muito fácil um deputado ou um vereador apresentar um projeto de lei simpaticíssimo à sociedade, mas que carece de alguns encaminhamentos prévios, porque quem vai pagar essa conta é o Executivo.

Nós delimitamos, no projeto do Estado, o valor das indenizações, estabelecemos critérios visíveis, mensuráveis. Este Projeto que estamos tentando votar carece de alguns acertos. Por isso estamos pedindo esse adiamento. Não queremos votar contra o Projeto da Vera. Tereza Franco - é preciso que isso fique claro -, mas precisamos ajustá-lo minimamente através de parâmetros visíveis. Por isso, pedimos esse adiamento, para que possamos apresentar emendas.

A Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, num dos seus artigos nas Disposições Transitórias, já faz menção a indenizações pecuniárias a funcionários da Prefeitura vitimados, entre aspas, pelos excessos do Movimento de Março de 64. Então, já há precedentes. Temos que levar isso em conta. Nós estamos pedindo que se faça esse adiamento, que não precisa ser por cinco Sessões. Pode ser menos até, desde que não seja hoje, aqui, de afogadilho, para que possamos construir um projeto mensurável, dimensionável para todos e escoimado de alguns excessos que não se sabe como serão considerados. Nenhum cálculo prévio foi feito. Não se sabe qual o encargo que acarretará para o Executivo. É isso que se quer evitar.

Srs. Vereadores, é o máximo de apelo que posso fazer: que se adie por três, por cinco Sessões, mas que não se vote hoje, de afogadilho. Vamos ver o resultado do Projeto da Assembléia, que está sendo votado hoje, neste instante. Também servirá de parâmetros para nós. É o apelo que faço no sentido de que se adie a discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 

O SR. PRESIDENTE: Sou compelido, pela imposição do Regimento, a declarar que o período de duração da presente Sessão se esgotou. Não há nenhum pedido para a sua prorrogação, e a Mesa “ex officio” não o fará.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Requerimento): Eu conversava com algumas Lideranças, e utilizando do encaminhamento do Ver. Lauro Hagemann, e por solicitação do Ver. Luiz Braz, de minha parte e da Bancada do PT, não há nenhum óbice que o adiamento seja feito por três Sessões. Se houver acordo na Casa, sem prorrogar a Sessão, já podemos votar o adiamento por três Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE: Se bem entendi, a proposta do Ver. Gerson Almeida é que, votado o adiamento por três Sessões, termine-se a presente Sessão. Está atendido o Requerimento do Ver. Gerson Almeida, porque entendi que é consensual. O Plenário deve, primeiro, rejeitar o Requerimento que pedia o adiamento por cinco Sessões, para depois votar o pedido de adiamento por três Sessões.

 

 

 

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, como existe um acordo com as Lideranças e existe uma unanimidade na Casa, este Requerimento que está aí, pedindo cinco Sessões, eu pediria que fosse transformado em três Sessões para que não precisássemos fazer duas votações

 

O SR. PRESIDENTE: Considerando que se trata de uma matéria de consenso do Plenário e, ainda, que isso possa de alguma forma não satisfazer a regra regimental, a Mesa concorda com as ponderações feitas.

Em votação o pedido de adiamento desta matéria, PLL 168/97, por três Sessões. Os Srs. Vereadores que concordam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Esclarecimento): Como o Ver. Luiz Braz alegou da tribuna questão de falta de ética por não ter sido ouvido, quero lembrar que a Bancada do PT não foi ouvida.

 

O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h19min.)

 

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